Pete Lau, CEO e Founder da OnePlus, entrou no palco com a piada do bom tempo em Londres, um bom pronuncio para a apresentação. O executivo refere que pretende fazer história, salientando os eventos simultâneos nas três cidades avançadas. “Cinco anos depois de arrancarmos, já estamos no topo 5 do sector premium dos smartphones”, revelou, salientando que só produz smartphones de qualidade superior.
Ao longo dos anos a empresa tem crescido e estabeleceu-se no ocidente, com escritórios em Madrid, Paris, Munique, Milão, Amesterdão, Copenhaga, Estocolmo e Helsínquia, tendo feito dezenas de parcerias com diversas empresas de telecomunicações.
Mas a razão do evento é a próxima geração do OnePlus, neste caso “o smartphone mais ambicioso que já construímos, o OnePlus 7”, revela o executivo, referindo que o mesmo puxa um novo benchmark. As palavras da empresa serviram apenas para aquecer a plateia, porque não seria ele a anunciar o novo dispositivo, mas sim Akis Evangelidis, Vice-Presidente da OnePlus França, brincando com a concorrência sobre o preço, os bezels e o estilo em geral.
Esteticamente o smartphone, que terá as cores azul, branco amêndoa e preto, tem uma câmara retrátil no topo, aproveitando assim praticamente toda a área do ecrã. É resistente à água, ideal para o uso do dia a dia. O seu ecrã tem uma moldura muito fina no topo e na parte inferior, mas nas laterais faz lembrar o sistema Edge da Samsung.
O display AMOLED a 90 Hz de taxa de refrescamento, com 6,67 polegadas, com uma resolução de 3120x1440, ou seja 516 pixéis por polegada. O especialista DisplayMate deu-lhe a pontuação máxima de A+, devido ao brilho do ecrã, densidade dos pixéis, e outros fatores. O Ecrã suporta HDR10+ e Night 2.0 para ver melhor em locais mais escuros.
E quando o ecrã está desligado e recebe uma notificação de noite, ilumina-se um LED suave ao longo da moldura em azul, bastante agradável e pouco intrusivo. Tem ainda sensor biométrico no ecrã, capaz de desbloquear em 0,21 segundos, afirma o executivo.
Câmara fotográfica
O OnePlus 7 Pro usa um sistema de câmara tripla, “a melhor que já construímos e pode ser utilizada em qualquer situação”, revelando que está equipado com o sensor da Sony IMX587 de 48 MP. O sistema de lentes foi construído através de sete elementos de plástico, oferecendo mais luz ao sistema. Tem ainda uma câmara secundária telefoto de 8 MP, com uma abertura f/2.4. E por fim, uma terceira lente de 16 MP para tirar fotografias das paisagens mais vastas.
A empresa alega ainda que construir três modos de foco, uma para ultrashot, capaz de tirar fotos detalhadas, outra para paisagens noturnas, merecendo 111 pontos gerais da DXOMark, 118 pontos para fotografia e 98 pontos para vídeo.
A câmara frontal é de 64 MP e é retrátil, “sendo durável, tendo sido testada 300.000 vezes”. O sistema tem um sensor que faz recolher de “emergência” a pequena patilha em caso de queda.
Como se previa, o smartphone utiliza o processador Snapdragon 855 da Qualcomm de 7 nanómetros e o GPU Adreno 640. No que diz respeito à RAM os já habituais 12 GB oferecidos pelos equipamentos topo de gama. A empresa prometeu ainda um sistema chamado RAMbus que otimiza a memória do smartphone para jogos.
Claro que poder vem o calor e a empresa desenvolveu um novo sistema de refrigeração líquida. E para que se aguente com a carga exigente dos jogos mais poderosos, tem uma bateria de 4.000 mAh, com fast charge, demorando 20 minutos para carregar 48% da bateria. E é possível manter o equipamento a carregar, em simultâneo com jogos ou a ver séries da Netflix, refere o executivo.
Recebido com aplauso foi a introdução de colunas stereo garantidas pela Dolby Atmos. A empresa referiu ainda um sistema de vibração localizado, muito sensível.
O smartphone vem com a “máscara” Android Oxygen OS, uma otimização do sistema operativo. A empresa refere que é a fabricante que faz mais otimizações e lançamento de atualizações do SO, ultrapassado apenas pela Google e garante três anos de atualizações de segurança. O OnePlus 7 Pro estará ainda preparado para receber o Android Q.
O modo Gaming, introduzido há dois anos, já é um sucesso, senso utilizado por equipas de eSports com a Fnatic, equipa patrocinada pela marca. Os jogadores devolvem feedback para a fabricante continuar a melhorar o sistema. Nesse sentido nasceu o modo Fnatic, com otimizações de RAM, CPU, GPU, aplicações em background, entre outros aspetos que ofereçam as melhores experiências de jogo competitivo.
Ainda há um modelo exclusivo 5G
Quando se esperava que a apresentação estaria no fim, a empresa abordou o 5G. Para tal foi estabelecida uma parceria com a Qualcomm na produção de uma versão do OnePlus 7 Pro exclusiva para a quinta geração móvel, utilizando o chip 5G X50. O CEO da OnePlus referiu que a empresa está a trabalhar há dois anos no modelo, e este modelo é a contribuição da marca para a próxima geração. Obviamente que Cristiano Amon voltou a repetir o mesmo discurso presente nas conferências de outras marcas rivais, destacando o poder do 5G, neste caso mudando a camisola. Ainda assim destaca que o OnePlus 5G será a primeira plataforma móvel a utilizar o seu chip X50.
Apesar das similaridades exteriores dos dois modelos serem semelhantes, o interior foi redesenhado, para ganhar espaço, aumentando 50% do sistema de refrigeração. Houve ainda uma preocupação em reduzir a antena 5G, sem diminuir a performance.
Para além do OnePlus 7 Pro e o OnePlus 5G, a empresa revelou o OnePlus 7. A empresa garante que mantém a configuração de câmaras da versão Pro. O mesmo para o sistema de som surround. Pouco mais foi adiantado.
A acompanhar os smartphones, a marca revelou um novo sistema de auscultadores wireless, magnéticos, os OnePlus Bullets Wireless 2 servirá para os amantes da música, que suporta BlueTooh 5.0. Mas o principal segredo é que em 10 minutos de carregamento poderá ouvir 10 horas de música. O sistema chega ao mercado no próximo dia 21 de maio, por 114 euros.
A empresa deixou para o fim, e esticou o entusiasmo (e paciência da plateia com os constantes teasings, que às tantas deixou de surtir efeito) com os preços das diferentes configurações de memória dos novos smartphones. Todas as versões chegam ao mercado no dia 21 de maio. A versão OnePlus Pro de 6/128 GB custa 748 euros, a de 8+256 GB chega às lojas por 806 euros, enquanto que a versão mais apetrechada custará 922 euros. Infelizmente o mercado português não está contemplado na lista de países que vão receber o equipamento no lançamento nos "spots" especiais, mas poderá encomendar através da loja online da marca. De notar que os preços desta versão foram convertidos diretamente do quadro dos valores em Libras. No website oficial português é referido que a versão Pro arranca a partir dos 709 euros, mas não refere nenhum modelo.
Já a versão "simples" do OnePlus 7 oferece apenas as duas primeiras configurações do modelo Pro, por 549 euros e 599 euros respetivamente.
A antevisão
Os fãs da marca OnePlus vão conhecer a sétima geração de smartphones, num evento transmitido ao vivo diretamente de Nova Iorque, Londres e Bangalore. É sabido que a empresa não brinca na inovação tecnológica, e dizer que terá a mais recente versão do Snapdragon 855, 12 GB de RAM e até uma bateria de 4.500 mAh nesta altura do campeonato não será assim tão fator “UAU”. Por isso, é de esperar que a fabricante apresenta algum factor surpresa, para justificar os misteriosos slogans, como por exemplo, lá está, “para além da velocidade”.
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