Os limites da tecnologia estão na criatividade de quem a desenvolve. E embora esta não seja uma afirmação sustentada cientificamente, inovações como o Inceptor e o Father.io ajudam a cultivar essa ideia. É que articulados, este acessório e esta aplicação tornam o seu smartphone numa arma de Laser Tag que pode ser usada numa partida à séria, potenciada apenas por equipamentos móveis.

O projeto surgiu em 2016 na plataforma de financiamento comunitário Indiegogo e está agora a entrar em produção, depois de reunir mais de 400 mil dólares em fundos. Cerca de 548% a mais do que o valor inicialmente pedido.

O acessório, neste caso, é essencial a toda a experiência. O Inceptor vem munido com um sensor infravermelhos e um transmissor, uma bateria e um sistema de conexão que promete latência quase zero em jogo. Para o associar a uma equipa, integra também um LED colorido que funciona para o distinguir dos inimigos.

A aplicação, por sua vez, recorre à câmara do seu smartphone para o ajudar a navegar no terreno de "combate" e para sobrepor grafismos digitais ao mundo real que o vão ajudar a apontar e a perceber quando um inimigo estiver efetivamente abatido, por exemplo.

Ainda em fase beta, a ideia é tornar a aplicação num verdadeiro portal de informações contextualizadas com o jogo, em que podem ser integradas coisas como um radar, pontuações, classificação e vida restante. Na prática, a ideia é que a realidade aumentada desempenhe aqui o maior papel, permitindo-lhe olhar para as redondezas através de um verdadeiro oráculo animado onde contam informações que, de outra maneira, seriam impossíveis de consultar.

Embora esteja agora articulado para funcionar com um jogo de Laser Tag, a ideia é tornar a máquina compatível com uma gama de outros jogos que deverá ser desenvolvida posteriormente pela Proxy42, a responsável por esta ideia.

Para jogar com os seus amigos, cada um deles terá de ter um smartphone equipado com este acessório, que está agora à venda por 50 dólares num pack de dois. Quatro vão custar-lhe 85 dólares.