A Honor apresentou esta semana na edição de Shanghai do Mobile World Congress duas inovações baseadas em inteligência artificial para integrar nos dispositivos da marca: o AI Defocus Eye Protection e o AI Deepfake Detection.

A AI Defocus Eye Protection, diz a marca, vai ajudar a reduzir os efeitos para a visão da exposição prolongada a ecrãs. A tecnologia recorre à IA para simular óculos de desfocagem no ecrã dos dispositivos. A ideia é replicar o efeito de desfocagem controlada no campo visual periférico do utilizador, para ajudar a manter uma visão central mais clara. A perceção visual criada com esta técnica retarda o processo de alongamento do olho que leva à miopia, garante a Honor.

A empresa assegura que os testes já realizados permitiram concluir que a tecnologia AI Defocus Eye Protection ajudou, em média, a reduzir a miopia transitória dos utilizadores em 13° após uma leitura de 25 minutos. Em alguns utilizadores conseguiu reduzir esse efeito até 75°.

A segunda inovação mostrada pela marca é o AI Deepfake Detection, que promete ajudar a detetar fraudes com conteúdo manipulado digitalmente. A tecnologia consegue analisar uma imagem ou ou vídeo frame por frame em vários parâmetros, como a nitidez da imagem, a iluminação e outros aspetos indetectáveis ao olho humano.

As falhas ou indícios de manipulação de uma imagem ou vídeo vão ser procuradas usando um modelo de IA, que foi treinado com recurso a uma grande quantidade de dados associados a burlas online. O modelo analisa, compara e faz um rastreio de cada imagem ou vídeo com as referências que já tinha e consegue dizer em três segundos se está perante um deepfake, promete a Honor. Caso isso aconteça, o utilizador recebe um aviso de risco, como mostram os exemplos partilhados pela marca.

"A IA está a revolucionar as nossas vidas e a impulsionar a indústria dos smartphones, mas grande parte da indústria tem-se concentrado na IA baseada na nuvem, que é apenas uma parte do puzzle”, defende George Zhao, CEO da HONOR Device. “A IA no dispositivo, que é executada em smartphones que nos entendem melhor do que qualquer outro dispositivo, está numa posição privilegiada para nos fornecer serviços adaptados a nós e às nossas preferências", acrescenta ainda o responsável, citado em comunicado.