Jane Silber, CEO da empresa, garante que o lançamento de um smartphone com a versão móvel do sistema operativo Ubuntu está previsto para o primeiro trimestre do próximo ano.



Sem financiamento para garantir a chegada ao mercado, a Canonical consegue manter o plano de lançar dispositivos com o seu sistema operativo, mas não consegue levar por diante o projeto de criar uma plataforma totalmente convergente e integrada com o desktop (a partir de uma configuração móvel dual boot: Android e Ubuntu Mobile), elemento que seria uma das características-chave do Ubuntu Edge.



Mesmo assim, a responsável acredita que a convergência será o futuro e na visão da fabricante será difícil para marcas como a Samsung ou a Apple darem o salto para uma filosofia desse género, pelo elevado grau de risco a que estão sujeitas se quiserem escalar altos níveis de inovação para uma base de clientes que já é de milhões de utilizadores.



"Penso que uma experiência completa de convergência não estará disponível numa primeira fase dos telefones Ubuntu, que estão previstos para o primeiro trimestre de 2014", disse a CEO da empresa sul-africana em declarações à CNet, acrescentando, no entanto, que "a convergência é o futuro e pode assumir muitas formas".



Recorde-se que o lançamento de smartphones com a versão móvel do Ubuntu, a mais popular das distribuições Linux, já estava prevista, mas num projeto com tantos adiamentos como tem sido a estreia do Ubuntu Mobile, ter uma nova confirmação da empresa que o lidera é relevante.



A possibilidade de criar o Ubuntu Edge, por seu lado, também ainda não está totalmente afastada. A Canonical admite que durante o período em que manteve o projeto na plataforma de crowdfunding Indiegogo surgiram várias conversas de bastidores envolvendo fabricantes interessados no conceito. Algumas destas conversas ainda se mantêm, embora a hipótese de um único interessado bancar os 32 milhões de dólares necessários para fazer avançar o Edge seja remota.

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