O ecossistema Ubuntu ficou mais completo com a apresentação de uma versão do sistema operativo para tablets. O interface de utilizador e a capacidade multi-tarefa da plataforma são as grandes apostas da Canonical para tentar conquistar algum espaço no mercado dos tablets.

A intenção de integrar um ambiente de trabalho transversal entre computador, smartphone, televisão e agora tablet, justifica o interface que volta a caracterizar-se pelas aplicações localizadas do lado esquerdo do ecrã.

Relativamente às apps existem algumas que vêm instaladas de origem e outras que vão poder ser descarregadas a partir do agregador de conteúdos, mas alguns softwares parecem estar garantidos ou pelo menos em fase de desenvolvimento como os Angry Birds, Skype e Pinterest. Às aplicações nativas podem ainda ser acrescentadas algumas Web apps.

O multi-tasking é levado a sério pela Canonical que introduziu a funcionalidade de Side Stage e que permite correr duas aplicações em simultâneo, lado a lado. Apesar do fundador da empresa open source, Mark Shuttleworth, considerar esta ferramenta como única no ambiente Ubuntu, na realidade é uma opção que tanto a Microsoft como a BlackBerry por exemplo já oferecem nos sistemas operativos.

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A capacidade multi-tarefa também é visível no sistema de notificações e gestão de aplicações que estão acessíveis com um deslize a partir da parte superior direita do ecrã. As parecenças com a versão mobile são mais do que pura coincidência e fazem parte da estratégia da Canonical.

Mas o espaço "extra" que existe na versão para tablets vai ser aproveitado para promover o consumo de conteúdos multimédia. O sistema operativo vai ter por exemplo um carrocel de ficheiros, semelhante ao do primeiro Kindle Fire.

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Existem outras funcionalidades que destacam o Ubuntu, como a capacidade de editar fotografias através de comandos por voz e o suporte a vários tamanhos de ecrã e resoluções - das seis às 20 polegadas e dos 100 aos 450 ppi.

Destaca-se ainda a capacidade que o sistema operativo tem em suportar várias contas de utilizador e haver um perfil que destina-se a todos os convidados que por casualidade precisam de trabalhar no dispositivo.

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Um ecossistema integrado entre computadores, tablets, smartphones e televisões é o futuro da computação pessoal na perspetiva de Mark Shuttleworth.

Os programadores e os entusiastas podem experimentar uma versão em desenvolvimento Ubuntu para smartphones e tablets na próxima quinta-feira, dia 21 de fevereiro. Os últimos dispositivos móveis da Google são os produtos eleitos para testes - Galaxy Nexus e Nexus 4 para a versão smartphone e Nexus 7 e Nexus 10 para o modelo tablet.

Fica agora um vídeo de seis minutos em que o fundador da Canonical explica com mais detalhe as novidades e as vantagens do Ubuntu para tablets.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico