O cofundador da Microsoft e figura de destaque nas novas tecnologias, Bill Gates, disse estar do lado do FBI no caso do desbloqueio do iPhone do terrorista do atentado de San Bernardino. O multimilionário coloca-se assim num lado diferente da barricada daquele que tem sido mostrado por personalidades de outras grandes tecnológicas como Sundar Picha, da Google, ou Mark Zuckerberg, do Facebook.
“Este é um caso específico onde o governo está a pedir acesso a informação. Eles não estão a pedir algo generalista, eles estão a pedir para um caso particular”, explicou Gates ao Financial Times.
“Não é diferente da questão de que ninguém poder alguma vez dizer aos operadores para ter informações, ninguém devia ser capaz de ter acesso a registos bancários”, continuou o cofundador da Microsoft.
Bill Gates usou depois um exemplo para explicar a sua posição: um banco tem os discos rígidos com os dados dos clientes protegidos por uma fita; não é por o governo pedir para abrir uma fita que as fitas dos restantes clientes vão abrir também.
Recorda-se que o líder da Apple, Tim Cook, avalia o pedido como "um passo sem precedentes que ameaça a segurança dos nossos clientes”, considerando que aquilo que é exigido tem “implicações muito para lá do caso legal em jogo”.
O antigo CEO da Microsoft disse no entanto que a questão não deve deixar de ser debatida e que a segurança dos clientes deve continuar a ser melhorada. "Espero que tenhamos este debate para que as proteções sejam construídas e para que as pessoas não optem por dizer que o melhor é o governo não ter acesso a qualquer informação".
Mas a opinião de Gates pode não ser assim tão diferente da generalidade. Um estudo conduzido pelo Pew Research Center mostra que dos mil norte-americanos entrevistados, 51% estão do lado do FBI na questão do desbloqueio do iPhone. Mesmo quando a questão é feita apenas aos donos de um smartphone Apple, 47% dos respondentes estão do lado das autoridades, contra os 40% que estão do lado da Apple.
Há ainda a destacar o facto de o The Wall Street Journal dizer que o governo norte-americano querer neste momento que a Apple desbloqueie cerca de 12 outros iPhone relacionados com outros casos.
Nota de redação - Notícia atualizada às 14:32H. Bill Gates mostrou-se desapontado pela interpretação feita às suas palavras na entrevista ao Financial Times e numa entrevista posterior à Bloomberg TV acabou por mostrar-se mais neutro. Gates defendeu o caso deve ser decidido em tribunal e também no Congresso norte-americano.
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