RPG, ou role-playing game, é o termo utilizado para categorizar todos os videojogos que levam o utilizador a tomar um papel ativo no desenrolar da narrativa e no desenvolvimento da sua personagem. Tradicionalmente, esta ideia é embrulhada num ambiente ficcional e numa mão cheia de mecanismos e interações que se decidem com base nas intenções do jogador. Nestes jogos, as coisas não acontecem sempre com uma ordem definida. Há vários caminhos possíveis e cenários hipotéticos que se acumulam e desbloqueiam consoante a decisão do utilizador. Veja-se The Witcher 3, por exemplo, que tem 36 finais possíveis e centenas de desafios que moldam o curso da história.
Witcher 3 é também um bom exemplo para explicar a forma como a atitude do jogador pode influenciar a forma como terminam as interações entre o personagem e o mundo que o rodeia. Neste título do estúdio polaco CD Projekt Red, Geralt, o protagonista é várias vezes confrontado com um dilema: aceitar as últimas moedas de um aldeão falido como pagamento pelo serviço que acabou de prestar ou, por outro lado, poupá-lo à despesa, correndo o risco de esgotar as suas próprias finanças em alturas em que são necessários recursos para adquirir armas, comida e outros itens. Neste caso, o jogador está a ser indiretamente questionado se prefere assumir um papel mais frio e cauteloso com o seu próprio destino, salvaguardando o seu bem estar financeiro sem se preocupar com a situação daqueles que o rodeiam ou se, em alternativa, quer demonstrar compaixão para com os outros personagens. Na verdade, cada uma destas escolhas impacta de forma diferente no desenrolar da história. Em muitos dos casos, quando o jogador prefere ser mais solidário, o jogo recompensa-o com pagamentos ainda mais avolumados do que o acordado, peças raras de armadura, espadas e outros artigos que podem ajudar em combate.
Estes mecanismos são transversais aos RPGs. Não têm sempre a mesma forma, mas é a sua essência que torna este género tão querido e especial para a comunidade de gamers, uma vez que imprimem um outro nível de imersão na aventura. E é por isso que esta semana lhe trazemos uma lista de 10 dos melhores role-playing games da última geração de consolas. E sim, The Witcher 3 é um deles. O jogo é, aliás, um dos mais populares da última década. Foi eleito por várias entidades o Melhor Jogo do Ano 2015 e é consensualmente escolhido como um dos melhores jogos de sempre. No entanto, nem só de The Witcher 3 vive esta lista. Com títulos como Horizon Zero Dawn, Kingdom Come Deliverance e Persona 5, prometemos agradar a gregos e a troianos, com sugestões para PC, Xbox e PlayStation.
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