Call of Duty é uma das séries de jogos mais populares de sempre, batendo constantemente recordes de vendas a cada novo título, nos últimos 20 anos. Mas os últimos anos esteve no centro das decisões dos reguladores para a finalização do negócio de compra da Activision pela Microsoft. Do projeto inicial que era tornar os novos episódios gratuitos aos subscritores do serviço Game Pass, a Microsoft foi obrigada a fechar acordos com a Sony e a Nintendo para manter Call of Duty multiplataformas.

O certo é que em 2023, Call of Duty: Modern Warfare III (remake) foi uma espécie de “recauchutagem” de modos e um modo história com três ou quatro horas que foi lançado para não faltar um novo título. É que este Black Ops 6 que foi hoje lançado seria o episódio previsto para o ano passado e foi adiado um ano. Por isso, este é considerado o verdadeiro Call of Duty da era Microsoft e que será um teste para as contas da gigante tecnológica.

Para ter uma ideia, o primeiro Black Ops é o que mais vendeu da série e Modern Warfare 3 (de 2011) o segundo, ambos separados por alguns milhares, com 30,99 milhões e 30,97 milhões de unidades, respetivamente, segundo a Statista. E Black Ops II fecha o pódio com 29,59 milhões de unidades. Nenhum jogo do Top 10 de vendas vendeu menos de 17 milhões de unidades. E estes são números que a Microsoft pretende agora alcançar.

Top jogos mais vendidos Call of Duty
Top jogos mais vendidos Call of Duty Top jogos mais vendidos Call of Duty até 2019. Fonte: Statista

A grande incógnita é perceber quantas unidades vai o jogo vender no seu todo, considerando que os jogadores podem agora optar pelo serviço Game Pass no PC ou Xbox Series X|S e jogá-lo sem pagar o preço completo, bastando a subscrição. O dilema é perceber quantas unidades o serviço vai “canibalizar” às vendas, ou quantas subscrições adicionais ao Game Pass vai significar este novo Black Ops 6. Números que certamente iremos acompanhar nas próximas semanas.

Há ainda uma nova polémica com a chegada do novo capítulo às lojas. Black Ops 6 estreia uma nova tecnologia de som espacial para uma experiência mais imersiva. A tecnologia foi criada por engenheiros e especialistas de som da Embody, como é detalhado no blog da empresa. A questão é que os jogadores precisam de adquirir uma licença de utilização de cinco anos por 20 dólares, como reporta o IGN.

Veja na galeria imagens do jogo:

Apesar da melhoria de som ser algo opcional, os jogadores já chamam a esta uma forma de “pay to win”, ou seja, uma vantagem injusta para quem pagar, já que pode ouvir com maior detalhe passos e outros ruídos denunciadores dos adversários nas batalhas competitivas online. Jogos como Cyberpunk 2077 e Final Fantasy 14 oferecem também esta tecnologia, mas são experiências narrativas a solo, sem o mesmo perigo de conceder vantagens injustas a quem não pode ou deseja pagar pelo serviço.

Relativamente a este FPS, o jogo mantém a tradição de oferecer aos jogadores diferentes experiencias de ação, a solo, competitivo e cooperativo. A campanha de história vai seguir as operações de Woods e restantes companheiros da CIA em missões passados nos anos 1990 durante a Guerra do Golfo.

Veja o trailer do jogo:

O estúdio criou uma narrativa mais aberta, com missões onde os jogadores podem abordar os objetivos por diferente ordem, não sendo tão linear. Além disso, será necessário recolher dinheiro durante as missões para melhorar alguns elementos da base, como o “Armory” que garante melhorias permanentes às armas que levamos para as missões.

Os restantes pilares são focados na experiência multijogador. Pode optar pelos mapas competitivos, nos diferentes modos de jogo, como escolher o Zombies. Este modo é um clássico de sobrevivência cooperativa com outros jogadores às vagas de aberrações. O jogo está ainda incluído no hub Call of Duty onde poderá também participar no modo battle royale Warzone. Aqui funcionam as regras habituais, o jogador ou equipa que sobreviver aos restantes adversários ganha a partida.