O primeiro smartphone transformado em satélite deverá ser colocado em órbita no próximo ano, avançaram os responsáveis pelo projeto STRaND-1. O projeto visa tirar partido das características dos telefones de nova geração e usá-los para captar imagens da Terra a partir do Espaço.
"A maneira mais barata de explorar o Espaço pode ser usar um smartphone. Porque não? Tem sensores, câmara, GPS, armazenamento de dados, bússolas. Juntem-lhe um painel solar e tem um sistema de controlo por satélite viável", afirmam os investigadores do Surrey Space Centre e engenheiros do Surrey Satellite Technology Ltd (SSTL), no Reino Unido.
A equipa, que procurava formas de explorar o Espaço com um baixo orçamento, recorreu a um telefone Google Nexus One, que foi transformado num nano-satélite de 34x10 x10cm2, que será colocado em órbita com o propósito de recolher fotos da Terra.
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O objetivo passa por, numa segunda fase, explorar o que pode ser feito com recurso a grupos destes nano-satélites. "Ter uma medição é bom. Mas se tivermos mais do que uma, temos visão estéreo, podemos perceber melhor as distâncias e a informação torna-se mais fiável", explica o chefe da equipa de investigação do Surrey Space Centre, Chistopher Bridges.
O lançamento do primeiro equipamento está marcado para o início de 2012, seguindo-se a um longo processo de testes ao equipamento em Terra. Segundo o responsável, é preciso antecipar a reação do dispositivo às condições no Espaço - onde não há ar e não é possível arrefecê-lo, pelo que é necessário estudar as formas como se comportará a eletrónica quando aquecer muito ou arrefecer muito.
"Estamos mesmo a tentar testar os limites. Se [os smartphones] forem tão robustos como nós pensamos que são - as pessoas deixam-nos cair, deixam-nos expostos ao sol - será que podem funcionar no Espaço? É o ambiente mais hostil que conhecemos", nota Chistopher Bridges.
"A indústria dos smartphones já gastou milhões nestes equipamentos e nós estamos a tentar aproveitar alguma dessa tecnologia para os nossos satélites" para perceber se funciona e se isso pode ajudar a reduzir o tamanho e custo dos nossos satélites, acrescenta o responsável.
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Nota da Redação: Foi corrigida uma gralha no texto.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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