Nos próximos cinco anos o mercado norte-americano poderá receber cerca de 200 novas salas de cinema com tecnologia 4DX, uma solução que adiciona às já habituais imagens 3D outras componentes sensoriais como cadeiras móveis e vibratórias, o cheiro, o fumo, os efeitos de luzes e até chuva e poeiras artificiais.
De acordo com uma notícia do LA Times, este sistema, desenvolvido pela empresa sul coreana CJ Group, está já em funcionamento em 29 salas de cinema na Coreia do Sul, Tailândia e no México e foi usado para a projeção de filmes como Avatar, Piratas das Caraíbas, Homens de Negro e Prometheus, por exemplo, sendo proposta como uma tecnologia que poderá inverter a redução de espectadores nas salas dos EUA.
"As salas de cinema necessitam de encontrar novas formas de trazer de volta as pessoas, retirando-as dos sofás, e esta é uma das formas de o conseguir" afirmou ao mesmo jornal Theodore Kim, responsável da CJ 4Dplex - empresa do CJ Group a operar nos Estados Unidos.
Caso o acordo se concretize entre a CJ Group e uma cadeia norte-americana de salas de cinema, as primeiras instalações com tecnologia 4DX serão feitas em Los Angeles, Nova Iorque e em outras capitais de Estado, com um preço acrescido em cerca de 8 dólares, face ao cobrado numa projeção convencional em sala.
Novas dimensões… para velhos conceitos de cinema
A primeira experiência pública de cinema com sensações adicionais às imagens foi feita com cheiros - no caso uma projecção sem som do torneio de futebol americano Rose Ball Game - e teve lugar no Family Theatre, em Forrest City (Pensylvania, EUA), onde o público foi presenteado com aroma de óleo de rosas previamente embebido em tecido, e projectado por uma ventoinha.
Mais tarde, em 1960, o filme Scent of Mistery foi projetado na companhia do Smell-o-Vision, um sistema mecânico de cheiro inventado por Hans Laube. Nos últimos 40 anos algumas soluções do género têm também sido aplicadas em alguns obras, como a versão de Polyester (John Waters, 1982) ou em espectáculos da Disney.
Além cheiro, também os efeitos vibratórios e sonoros têm feito arte das experiências cinematográficas para o grande público, como foi o caso do sistema Sensurround, desenvolvido e estreado em 1974 para o filme Terramoto e, em 1980, usado para a película Battlestar Galactica - Batalha no Espaço.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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