E se em vez de controlar um drone com um comando e um computador usasse apenas os controles cerebrais? O desenvolvimento da tecnologia está na base do trabalho de um consórcio europeu, liderado pela TEKEVER e que envolve também a Fundação Champalimaud e que deu agora mais um passo (ou melhor um voo) na concretização do projeto.



"Corremos um risco grande mas correu bem", explicou ao TeK Ricardo Mendes, administrador da TEKEVER, satisfeito com a experiência que ontem colocou no ar um drone controlado por impulsos cerebrais frente a um grupo de jornalistas nacionais e internacionais e várias câmaras de vídeo.






Esta é já a terceira fase do Brainflight, o projeto apoiado pela União Europeia e que já passou por várias fases, incluindo a utilização do sistema de controle cerebral para comandar um simulador, uma experiência documentada no vídeo abaixo.







O sistema recorre á utilização de uma touca com sensores que permite "ler" os comandos dos impulsos cerebrais do utilizador para os transferir para o drone. Mesmo com más condições de voo, e ventos de 50 Km por hora, a experiência foi bem sucedida.



Ricardo Mendes admite que tanto quanto a TEKEVER sabe, esta é a primeira experiência do mundo, em ambiente real, onde se utiliza a tecnologia de controle por impulsos cerebrais para comandar uma nave não tripulada.





A capacidade de controle de objectos pela mente está a ser desenvolvida em várias áreas, incluindo na robótica, mas a TEKEVER decidiu aliar-se à Fundação Champalimaud e à universidade de Munique e à holandesa EAGLESCIENCE para aplicar o desenvolvimento científico à área dos drones, onde a TEKEVER se tem especializado.





O projeto da Brainflight está agora próximo da fase terminal, mas o administrador da TEKEVER admite que pode haver continuidade para a tecnologia, mesmo que não seja através de novos financiamentos públicos à investigação. "Esta linha de investigação vai claramente continuar. [...] Queremos avançar e fazer a tentativa de produtizar os componentes", explica.

A TEKEVER rem vindo a investir em I&D e garante ter capacidade para manter esta investigação, até porque é uma das áreas de interesse e que pode revolucionar a forma de interação dentro de um cockpit, para além de permitir o controle de um drone por pessoas que de outra forma não o conseguiriam.

"Esta é uma área fascinante e temos sorte de ter em Portugal duas entidades com competências em áreas tão complexas como a TEKEVER e a Fundação Champalimaud e que tocam áreas da neurociência", justifica.

Veja algumas imagens da experiência realizada ontem.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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