À semelhança do que aconteceu na Turquia e na Síria em 2022, as imagens de satélite começam a chegar às várias plataformas com uma nova visão alargada dos estragos feitos pelo sismo que no dia 8 de setembro atingiu Marrocos, afetando sobretudo a zona das montanhas do Atlas e várias vilas e cidades, incluindo Marraquexe.

Este foi o terramoto mais intenso sentido no país nos últimos 120 anos e a intensidade do abalo, aliada à estrutura típica das casas na região, fazem com que os estragos sejam grandes, com várias aldeias que parecem estar quase completamente destruídas.

Veja as imagens já partilhadas pelas diferentes entidades. Clique para mais detalhes

A Maxar já partilhou imagens captadas pelos satélites na região e abriu o acesso aos dados com o seu Open Data Program, onde se compromete a divulgar informação com licença Creative Commons para fins não comerciais e há datasets disponíveis no GitHub.

As localidades e estradas afetadas podem ser vistas claramente nas imagens da Maxar, mas também já se conseguem ver as equipas de resgate a atuar na região. Os últimos números disponíveis apontam para cerca de 2.600 mortos e cerca de 2.600 feridos, mas é possível que ainda venham a aumentar nos próximos dias.

O serviço europeu Copernicus também ativou o sistema de apoio de emergência e tem divulgado informação que é útil para as autoridades e equipas de emergência, com níveis relevantes de detalhe que permitem ver a extensão do impacto do sismo.

Sismo em Marrocos
Sismo em Marrocos Imagem do projeto Copernicus de estragos sentidos em Taroudant

O mapa do IPMA - o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, mostra em tempo real a atividade sísmica da região que abrange a Península Ibérica e o norte de África, com os sismos registados nas últimas 24 horas, 2 a 7 dias e 8 a 30 dias e é fácil perceber que esta é uma das zonas mais ativas em termos sísmicos.

Sismo em Marrocos
Sismo em Marrocos Mapa do IPMA sobre com a atividade sísmica

Nos próximos dias é possível que surjam novas imagens à medida que as equipas de emergênci colocam o foco na região e trabalham fotos captadas desde o dia 8 de setembro.