Um grupo de alunos da Universidade de Ciência e Tecnologia da China apresentou um novo robot humanoide interativo que se parece (mesmo) com uma mulher real.

Jia Jia, como foi apelidado, é um projeto que, entre investigação, programação e construção, demorou três anos a tornar-se realidade.

De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, a humanoide consegue expressar-se em mandarim e inglês e sincronizar o movimento dos lábios de acordo com as palavras que diz.

Durante a sua apresentação, Jia Jia não demonstrou qualquer falha neste ponto do seu sistema, introduzindo-se autonomamente e saudando a plateia, “Olá a todos, eu sou a Jia Jia. Sejam bem-vindos!”

Entre outras palavras, a robot deixou bem claro que até os seus discursos foram programados não só para obedecer a um encadeamento lógico de ideias como às preocupações, mais ou menos racionais, que a maioria dos humanos revela: “Não te aproximes muito de mim quando estás a tirar uma fotografia. Vai fazer a minha cara parecer gorda,” disse Jia Jia, obviamente preocupada com a sua reputação nas redes sociais.

A robot, que foi desenvolvida por uma equipa de investigação da USTC, liderada por Chen Xiaoping, também mostrou outras habilidades como movimentos corporais, oculares, pestanejar e a capacidade de mostrar algumas expressões faciais.

“Esperamos conseguir desenvolver o robot para que tenha capacidades de aprendizagem profundas. Vamos adicionar reconhecimento de expressões faciais e fazer com que interaja mais intimamente com as pessoas,” disse Xiaoping que sublinhou também o facto de Jia Jia “ainda” não conseguir rir ou chorar.

Apesar das ambições da equipa em tornar a humanoide numa máquina mais capaz, a sua atual tecnologia já lhe permite reconhecer e associar vozes a diferentes pessoas e processar e dar seguimento a diálogos mais complexos ao mesmo tempo que gesticula de acordo com as suas falas.

Mesmo que, no futuro, Jia Jia venha a contar com um espectro mais alargado de emoções e de compreensão sentimental, há ainda espaço para melhorar os movimentos do robot que se encontram muito mecanizados, dificultando, em parte, a missão de reproduzir, da melhor forma, os comportamentos humanos.