Chama-se Pi-Pop e foi idealizada por um inventor francês que concretizou a ideia e hoje já comercializa a terceira geração da bicicleta elétrica. Distingue-se da concorrência porque não precisa de carregamentos, para acumular a energia necessária quando o ciclista a bordo não lhe apetecer pedalar.

Funciona com um sistema que não é novo, já é usado noutros veículos híbridos ou elétricos, por exemplo, mas ainda não tinha sido adaptado a bicicletas. Trata-se de um supercondensador para armazenar energia, que não está associado a uma bateria de lítio, e que acumula energia quando o utilizador trava ou pedala sem esforço em descidas ou retas.

A energia é acumulada através de cargas de movimento lento e armazenada de forma eletroestática, ao contrário do que acontece nas bicicletas com baterias de lítio, que precisam de uma reação química para esse armazenamento, como explica o responsável pelo projeto à Euronews.

Adrien Lelièvre é o pai da Pi-Pop e, juntamente com a equipa da sua pequena empresa, dedicou sete anos à investigação e desenvolvimento, até chegar à fórmula final da bicicleta e ter um produto comercial, que agora pondera fazer chegar a outros países europeus.

O conceito é ainda mais sustentável que o de uma bicicleta elétrica normal, porque as baterias das bicicletas elétricas convencionais têm lítio. Aqui o supercondensador usa carbono, polímero condutor, folhas de alumínio e pasta de papel . É também aparentemente mais duradouro. O supercondensador da Pi-Pop terá uma período de vida útil de entre 10 a 15 anos. Uma bateria pode precisar de substituição ao fim de cinco anos.

A Pi-Pop pesa perto de 22 kg. Para já são produzidas 100 unidades por mês, mas o plano para 2024 é chegar às 1.000 e está em estudo a possibilidade de angariar fundos para poder vender a bicicleta noutros países europeus. A Pi-Pop custa 2.450 euros