A ponte Vasco da Gama foi o palco de fundo para a demonstração dos dois quadricópteros que são propriedade da SkyEye, empresa portuguesa especializada em aeronaves autónomas não tripuladas (UAV).

A SkyEye reconhece nos drones a capacidade de aliar a captação de imagem - para fins multimédia ou científicos - à vertente económica e mais flexível, em comparação com outras soluções dedicadas às mesmas tarefas. Numa ação de verificação de estruturas por exemplo, é mais simples fazer voar um quadricóptero do que montar uma grua.

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Atualmente a empresa tem dois modelos de UAV. O branco tem uma autonomia até 30 minutos em voo, consegue percorrer uma distância máxima de 500 metros e suporta rotas pré-definidas. Pelas características e pela baixa carga que consegue suportar - até 1,2 quilogramas - destina-se sobretudo à fotografia e ao registo cartográfico das áreas definidas.

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O modelo preto tem uma autonomia de oito minutos, pode voar até 200 metros de distância mas a baixas altitudes. A característica principal desta versão são os 2,5 quilogramas de carga que suporta, o que permite transportar uma máquina de filmar. Toda a estrutura foi desenhada para dar estabilidade às imagens.

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A demonstração dos voos foi feita sob ventos de 20 Km/H o que permitiu atestar a estabilidade, tanto dos veículos em pleno ar como das próprias imagens que foram captadas. O TeK registou alguns momentos que podem ser vistos abaixo:

As imagens e vídeos captados tanto podem servir para um canal de televisão como para uma empresa de construção civil, dependendo do objetivo da produção. Desde que abriram o processo de comercialização, em outubro de 2012, a SkyEye já realizou 50 serviços para várias entidades.

O objetivo para 2013 passa por consolidar a operação no mercado português e, quem sabe, conseguir entrar em novas áreas como o segmento da defesa ou do apoio científico, revelou David Mota, uma das quatro pessoas que compõe a equipa da SkyEye.

O gestor de parceiros revelou ainda que uma nova máquina de voo já está a ser preparada para que o portfólio de ofertas seja mais diversificado. Também dedicada ao vídeo, a autonomia vai crescer para os 15 minutos e a carga suportada vai aumentar até aos cinco quilogramas.

Para o início do próximo ano a ideia é começar a internacionalizar a SkyEye, sobretudo nos PALOP. A empresa já teve uma experiência de duas semanas em Angola e as perspetivas que ficaram foram de "bons ventos" para o negócio.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico