O conhecido prémio World Press Photo, que distingue os melhores trabalhos a nível mundial na área do fotojornalismo, inclui este ano, pela primeira vez, uma secção dedicada a projectos multimédia.
Os trabalhos a concurso encontram-se divididos em duas categorias, uma para produções lineares e outra dedicada às interactivas. Depois de uma primeira selecção de 40 projectos, foram apresentados os seis finalistas (3 em cada categoria), cujos projectos estão agora acessíveis online.
A selecção foi feita por um júri liderado pelo fotojornalista Ed Kash, contando com as colaborações do editor de multimédia do The New York Times, Andrew DeVigal, do fotojornalista Gideon Mendel, da directora do Frontline News Service, Kang Kyung-ran, e de Claudine Boeglin, directora criativa de comunicação.
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Os vencedores finais serão anunciados a 7 de Maio, nos World Press Photo Awards, mas enquanto a data não chega, passamos em revista os candidatos ao prémio.
O primeiro (por ordem alfabética) da shortlist das produções lineares é Blanco, que resulta do trabalho de quatro anos do fotógrafo Stefano De Luigi e retrata a vida dos invisuais a partir de viagens em 16 países do mundo.
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O artista estabelece ainda um paralelismo entre o branco da tela antes de ser pintada e as possibilidades que encerra, e o branco enquanto visão constante para quem é cego. Tal como os artistas deitam tintas à tela, Stefano De Luigi preenche a sua tela fotográfica com a junção de todas as cores que cabem no branco, reflectindo um complexo entendimento do mundo dos cegos.
The Home Front é o nome de um projecto, criado para o The New York Times, que conta com fotografia de Marcus Yam e produção de Nancy Donaldson, Catrin Einhorn and Meaghan Looram.
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O vídeo conta a história de dois rapazes nos EUA que se vêem confrontados com a necessidade de se mudarem para casa de familiares quando o "pai solteiro" com quem viviam é enviado para a guerra Afeganistão. Actualmente, perto de seis em cada dez soldados norte-americanos enviados para a guerra são casados e têm filhos e o trabalho explora essa realidade.
Da autoria de Lei Wang, A Man in the Forest destina-se a chamar a atenção das pessoas para as dificuldades enfrentadas pelos guardas florestais da província chinesa de Hainan na sua tarefa de proteger os gibões nativos.
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Entre as produções interactivas, Powering Nation, com fotografia de Mike Ehrlich, Jessey Dearing, Lauren Frohne e Elena Rue, aborda a temática do uso de energia nas diferentes regiões dos Estados Unidos.
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Já o documentário interactivo Prison Valley permite explorar a cidade de Cañon City, no estado americano do Colorado, com uma população de 36 mil habitantes e onde estão localizadas 13 prisões, incluindo o estabelecimento de alta segurança Supermax, conhecida como "nova Alcatraz". A fotografia é de Philippe Brault, em colaboração com o autor e co-relaizador David Dufresne e a produção coube a Alexandre Brachet e Gregory Trowbridge.
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A guerra no Afeganistão volta a ser tema de mais um dos projectos seleccionados, com o trabalho A Year at War, com fotografia a cargo de Damon Winter e Marcus Yam, produção de James Dao, Nancy Donaldson, Catrin Einhorn, Rob Harris e Meaghan Looram - alguns deles nomes comuns ao projecto The Home Front.
Em A Year at War é posta em análise a vida dos soldados de um batalhão americano no terreno durante um ano.
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