Chama-se David Amador e começou a criar jogos de forma independente em 2010. Desde então já lançou quatro títulos diferentes e tem na calha um quinto jogo: Quest of Dungeons. A estreia está prevista para o início do próximo ano.

O indie developer já tinha trabalhado no desenvolvimento de alguns jogos antes de começar a criar os seus próprios títulos. O fascínio pelos jogos apareceu cedo em David Amador, como explicou em conversa com o TeK. "Desde a altura em que comecei a jogar em criança numa SNES, sempre tive curiosidade de saber como alguém conseguia colocar aquelas personagens no ecrã, como funcionava, ficava fascinado com o facto de podermos ter controlo sobre o que estava a decorrer".

Agora prepara-se para estrear Quest of Dungeons no iOS, Mac e PC. O jogo é um roguelike - uma categoria de role playing game onde os níveis, armas, inimigos e itens são gerados de forma aleatória, algo que por norma leva o jogador a morrer muitas vezes. O jogo que é todo pixel-art vai ficar disponível a 16 de janeiro. David Amador partilhou as primeiras imagens do jogo que o TeK reproduz abaixo:

Dos jogos que já lançou, o Vizati foi o que teve mais sucesso. O estilo de puzzle casual garantiu distinções no Microsoft Pizza Night 2010, no Xap Fest 2011 e ficou entre os 20 finalistas do Dream.Build.Play 2011. David Amador revela que o jogo teve grande aceitação e recebeu reviews positivas de sites especializados como o Kotaku.

Mais do que ganhar dinheiro - David Amador tem conseguido gerar retorno com as suas produções -, o desenvolvimento independente de jogos é feito por gosto, por valorização de currículo e por realização pessoal, explicou ao TeK.

Plataformas e first person shooters estão entre os estilos de jogo que mais aprecia. Ainda não desenvolveu para Android, mas não é uma hipótese que coloca de parte. É este o perfil do programador que falou ao TeK ainda do assunto do momento na área do gaming: o lançamento de novas consolas.

A PlayStation 4 estreou ontem, 29 de novembro, em Portugal e na opinião de David a consola da Sony é a que está em melhor posição para vencer esta geração de máquinas de jogo. "O hardware é poderoso, a Sony tem boas equipas a desenvolver exclusivamente para eles, tem dado imenso destaque aos indies, o que hoje em dia também é bastante importante", explica o programador.

Ainda assim fica o alerta: "a longo prazo o que vai ditar o vencedor vai ser a que tiver os melhores jogos exclusivos e com a menor quantidade de problemas nos multi-plataformas". David Amador analisa ainda a aposta das tecnológicas em jogadores casuais e dedicados "Embora haja espaço para os dois tipos, tal como a Nintendo provou com a Wii penso que vão serão a Sony e Microsoft a ter «razão»".

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico