No verão passado, os destroços do RMS Titanic foram mapeados digitalmente ao pormenor, dando origem a uma versão 3D em tamanho real daquilo que resta do navio naufragado em 1912, com detalhes sem precedentes.
Ao longo de seis semanas, a Magellan, uma empresa de mapeamento em águas profundas, e a Atlantic Productions, que está a fazer um documentário sobre o projeto, usaram dois submersíveis - de nome Romeu e Julieta - para fazerem o scan de cada milímetro dos destroços, incluindo um campo que se estende por cerca de cinco quilómetros.
O mapeamento resultou em impressionantes 16 terabytes de dados, juntamente com mais de 715.000 imagens estáticas e vídeos em 4K. Os dados em bruto foram então processados para criar uma espécie de “gémeo digital” do Titanic.
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As imagens mostram a proa coberta de estalactites de ferrugem, os destroços, itens espalhados, estátuas e garrafas de champanhe fechadas. A resolução é tão boa que dá para ver parte do número de série de uma das hélices.
O pequeno vídeo preparado mostra o "potencial" do projeto
O que resta do navio foi descoberto em 1985, mas há informação que as câmaras que têm “visitado” o naufrágio não conseguem captar. Além disso, os destroços têm-se deteriorado de forma acentuada por causas naturais, pelas bactérias mastigadoras de ferro que se alimentam do casco do navio, mas também “não naturais.
O mapeamento 3D em tamanho real permite preservar todos os mínimos detalhes para estudos posteriores acerca do sucedido, dando aos investigadores a possibilidade de terem nova visão sobre o que realmente aconteceu em abril de 1912.
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