Foi demonstrado como animais como as abelhas ou os beija-flores veem o mundo, de uma forma diferente dos humanos. Num estudo publicado, investigadores da Universidade de Sussex no Reino Unido e da George Mason University nos Estados Unidos criaram tecnologia que permite registar em vídeo a forma como estes animais têm a perceção do mundo.

Os investigadores explicam que as plantas, animais e fungos apresentam uma rica palete de cores. Mas nos estudos de cores, que são objetivos e repetíveis, costuma-se perder a variação temporal dos sinais das cores. Foi assim criado um sistema de hardware e software que permite aos ecologistas ter a capacidade de gravar a forma como os animais percebem as cores em movimento. Foi possível investigar como os animais usam as cores em amostras comportamentais dinâmicas.

Veja na galeria a forma como os animais percebem o mundo:

Basicamente a experiência demonstra como os animais veem o mundo, que diferem dos humanos pela forma como os seus olhos funcionam. No caso dos humanos, os olhos conseguem entender três tipos de cor nas retinas: o vermelho, verde e azul (RGB) nas ondas de luz. E ao misturar estras três cores é criada toda a palete de tons que vemos no nosso dia-a-dia.

A estrutura das abelhas ou beija-flores é diferente, uma vez que têm a capacidade de ver também a luz ultravioleta (UV). A sua identificação permite-lhes detetar o néctar, usando um espectro de cores bem maior. A nova tecnologia criada para a experiência permite aos investigadores produzir vídeos com 90% de assertividade. Segundo Daniel Hanley, professor de biologia da George Mason University, citado pelo Euronews, os animais fazem constantes decisões cruciais nos seus alvos usando objetos em movimento, o que torna as imagens em movimentos vitais para os compreender.

Nesse sentido, a nova câmara criada para a experiência consegue gravar em quatro canais, ou seja, além do RGB adiciona a quarta, a luz ultravioleta. Essas imagens são processadas com base naquilo que já se sabia sobre os recetores de luz nos olhos dos animais para recriar uma representação certa daquilo que veem. Dessa forma, é registada como a iluminação natural altera a perceção das cores, permitindo aos cientistas questionar a forma como os animais veem o mundo.