Os norte-americanos, que são a primeira potência a fazer esta promessa, encorajaram ainda todas as outras nações a seguirem o seu exemplo, com o objetivo de estabelecer "um novo padrão internacional de comportamento responsável no espaço", refere a Casa Branca em comunicado.

"Isto é particularmente importante, pois um número crescente de estados e entidades não governamentais que dependem de serviços espaciais que estão vulneráveis a detritos", realçou a presidência norte-americana.

Detrito espacial atingiu o Canadarm2 da ISS, mas sem danos graves a registar
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O anúncio surge cinco meses depois de um míssil antissatélite ter sido disparado pela Rússia contra um dos seus próprios satélites.

Este teste causou uma nuvem de detritos que obrigou os astronautas da Estação Espacial Internacional a refugiarem-se temporariamente nas suas naves, preparando-se para uma possível evacuação de emergência em caso de colisão.

Na altura, Washington denunciou este comportamento como "perigoso e irresponsável".

"Não há dúvida de que o voo espacial tripulado e o futuro do ambiente espacial são incompatíveis com o fogo destrutivo de mísseis antissatélite", salientou o responsável da Administração Nacional norte-americana da Aeronáutica e do Espaço (NASA), em comunicado.

Segundo a NASA, esta medida dos EUA é "um passo importante na promoção de um ambiente espacial seguro e sustentável agora e no futuro", apelando também aos outros países para que assumam um compromisso semelhante.

Além da Rússia, também os Estados Unidos, a China e a Índia já realizaram testes com mísseis antissatélite.

Os detritos gerados tornam-se projéteis perigosos, que podem atingir em particular os milhares de outros satélites em órbita, dos quais os países dependem para muitas atividades, como comunicação ou sistemas de localização.

A capacidade de destruir satélites de outros países é vista, no entanto, como um ativo militar estratégico, sendo que estes testes alimentam os temores de que o espaço pode vir a transformar-se num campo de batalha.