A designação do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra como centro colaborador daquele organismo das Nações Unidas é “bastante rara” já que em todo o mundo existem apenas mais cinco entidades na área da produção de radioisótopos e tecnologias da radiação, segundo indicado pela universidade em comunicado enviado à Agência Lusa.

A colaboração foi oficializada na semana passada, numa cerimónia por videoconferência realizada a partir da sede da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA na sigla em inglês), que está localizada em Viena, na Áustria. Na conferência participaram o reitor da UC, Amílcar Falcão, o diretor do ICNAS, Antero Abrunhosa, Najat Mokhtar, vice-diretora e chefe do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da IAEA e Melissa Denecke, diretora da Divisão de Ciências Físicas e Químicas da IAEA.

O reitor Amílcar Falcão, afirma que a nomeação da unidade orgânica da Universidade de Coimbra como Centro Colaborador da IAEA “é um reconhecimento da excelência da investigação feita no ICNAS e vai abrir portas para outras colaborações internacionais, ao colocar o ICNAS nas mesas das reuniões onde se decidem temas importantes para todo o mundo”.

“É uma distinção muito importante, a primeira que Portugal tem na Agência Internacional de Energia Atómica. Temos a missão de transferir o saber que é produzido na UC para os países parceiros da Agência em todo o mundo”, sublinha Antero Abrunhosa, diretor do instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde, citado em comunicado.

O acordo prevê a colaboração formal entre duas instituições, por um período de quatro anos renováveis, nos campos da produção, investigação e desenvolvimento de radioisótopos e radiofármacos.

Em concreto, o ICNAS vai assumir “um duplo papel de aconselhamento da Agência e comités de peritos e de participação nos programas de formação internacionais”, explica, Francisco Alves, investigador responsável pelo projeto.

Já a vice-diretora da IAEA, Najat Mokhtar, destacou o facto da instituição ter, pela primeira vez, um centro colaborador em Portugal, considerando que se trata de “uma grande conquista e um reconhecimento pelo apoio do ICNAS às atividades” da agência da ONU.

“O conhecimento especializado do ICNAS será uma mais-valia para a IAEA nas importantes áreas de produção, investigação e desenvolvimento de radioisótopos e radiofármacos”, completou a responsável da Divisão de Ciências Físicas e Químicas da IAEA, Melissa Denecke.

Além do ICNAS, são centros colaboradores da Agência Internacional de Energia Atómica na área da produção de radioisótopos e tecnologia de radiação os institutos nacionais de ciências e tecnologias nucleares de França, Indonésia, México, Polónia e EUA.

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