Mais de 240 milhões de novos programas maliciosos, um aumento da "actividade maliciosa" em (e com origem nos) países em desenvolvimento e dos ataques dirigidos a alvos específicos, são algumas das tendências reportadas pela Symantec no seu mais recente relatório.

A empresa especializada em soluções de segurança acaba de divulgar o seu relatório anual global sobre software malicioso e ataques informáticos, relativo ao ano de 2009, que revela um crescimento de 100 por cento em novas ameaças, face ao ano anterior.

Uma das responsáveis pelo desenvolvimento de produto da Symantec disse ainda, em declarações à imprensa, que a cada 4,6 segundos é detectado um novo computador infectado por botnets (a nível mundial).

A especialista afirmou que a maior incidência de "actividade maliciosa" tem sido registada essencialmente de países em desenvolvimento, onde novos utilizadores, pouco experientes, começam a aceder à Internet sem tomar precauções.

Este tipo de territórios, onde se destacaram por exemplo países como o Brasil e a Índia, tornaram-se também uma fonte profícua de ataques, pois muitos não dispõem ainda de legislação para combater o cibercrime.

Os ataques mais comuns continuam a ser os baseados na Web, com as vulnerabilidades de todos os browsers a serem "bem" exploradas pelos criminosos. Segundo explicou a responsável, já nenhum destes programas é intocável, e quando se diz que o Internet Explorer é o mais atacado, é apenas porque este é mais popular, defendeu, alertando para a necessidade de maior rapidez na resposta das empresas no lançamento de correcções logo que falhas são detectadas.

Outro dos problemas reportados pelo relatório é a crescente sofisticação de ataques que têm como alvo específico uma empresa em particular, na maior parte dos casos destinados a roubar informação relativa a propriedade intelectual ao invés de dados bancários de clientes, por exemplo.

O acesso cada vez mais fácil a ferramentas destinadas a perpetrar ataques informáticos é outro dos assuntos que está a dar dores de cabeça aos especialistas em segurança, na medida em que transforma em potenciais criminosos informáticos pessoas que à partida não teriam habilidade e meios para tal.