A Acer Ibérica apresentou hoje os resultados financeiros referentes a 2007 e deu a conhecer alguns dos planos a implementar no mercado nacional ao longo deste ano.



António Papale, managing director da divisão ibérica da fabricante, começou por anunciar que ao longo do ano transacto a Acer obteve uma receita mundial de 14,6 mil milhões de dólares, um resultado preliminar onde se incluem as receitas dos últimos dois meses e meio de 2007 da Gateway. O valor obtido representa um crescimento de 25 por cento face a 2006 e mostra como, num mercado onde foram vendidos 271 milhões de PCs entre todos os fabricantes, o computador se acaba como afirmar "como um elemento de primeira necessidade".



Depois de algum tempo a não dedicar especial atenção ao mercado português, a Acer Ibérica constatou que havia uma necessidade de alterar essa tendência. Isto porque, não só Portugal foi o mercado da Europa Ocidental com maior crescimento no último ano, nos números da Gartner, como mostrou uma adesão superior às novas tecnologias face aos outros mercados.



O crescimento de 32,5 por cento registado em Portugal, e a facturação de 50 milhões de euros - de entre os 635 milhões registados pela divisão ibérica -, são motivos mais do que suficientes para a Acer apostar mais no mercado português. Neste contexto, a fabricante fechou o ano passado em Portugal com uma taxa de crescimento de 89,4 por cento o que lhe garantiu a terceira posição no mercado global de PCs com uma quota de 11 por cento em desktops e de 12,5 por cento no segmento de portáteis.



Para 2008, os objectivos da fabricante passam pelo aumento da facturação, que querem elevar até aos 70 milhões de euros, pela optimização do novo plano de grossistas, que faz da DLI sua parceria, pelo foco no segmento empresarial e acima tudo pela recuperação da liderança no mercado de notebooks.



Outro objectivo passa pela aposta em novas linhas de produtos dentro da gama de portáteis, desktops, monitores, projectores e servidores e pelo foco em outros vectores de diferenciação: aproximação entre as tecnologias e o utilizador, design de equipamentos e produtos vanguardistas.



No que se refere à aproximação entre as tecnologias e o utilizador, António Papale focou o interesse que a Acer tem em participar na iniciativa e-escolas, promovida pelo Governo. O impacto que o projecto teve no crescimento do mercado nacional e os benefícios que acarreta para todos os intervenientes são dois factores decisivos para a determinação do responsável que indicou que, "ainda este ano", pretende ter a Acer a "colaborar na iniciativa". Para isso falta apenas o feedback das operadoras quanto à proposta apresentada pela fabricante.



Por fim, foi apresentada a nova organização da Acer Portugal, uma nova estrutura que resulta dos resultados obtidos no mercado e que tem como meta explorar todo o potencial do país.



Em Janeiro deste ano entrou em funcionamento um novo sistema organizacional direccionado para a expansão da presença e da quota de mercado da Acer em Portugal. No seguimento desta aposta, Gabriel Rios assume a equipa de vendas, passando a contar com um gestor de distribuição e dois gestores de vendas de canal, enquanto que o departamento do consumidor é mantido por dois gestores de revenda.



Esta estrutura eleva para seis elementos a equipa total direccionada para o mercado nacional, ao contrário do que acontecia até aqui, quando existiam apenas dois responsáveis pelo mercado português.



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