Representando o mais recente passo da companhia para conquistar uma maior quota num dos sectores mais lucrativos da indústria dos computadores pessoais, a AMD deu ontem início à comercialização do seu processador mais rápido até hoje concebido para computadores portáteis. Segundo o comunicado divulgado pela fabricante de semicondutores, o chip Athlon XP 2200+ vai estar imediatamente disponível na Europa através de notebooks produzidos pela Fujitsu Siemens.

A Epson Direct no Japão e a Time
Computers
no Reino Unido vão começar a vender computadores portáteis baseados nos novos processadores a partir do final deste mês. Nos Estados Unidos, a HSN está já a comercializar através do seu site modelos equipados com o Athlon XP 2200+. Prevê-se que estes computadores cheguem às lojas daquele grupo no final deste mês. Em quantidades de mil unidades, o novo processador poderá ser adquirido por 186 dólares.

O processador móvel Athlon XP inclui a tecnologia 3DNow! para obter
capacidades multimédia melhoradas, assim como a tecnologia PoweeNow! para uma maior duração do tempo de vida da bateria. Para além disso, esta nova família de chips incorpora ainda a arquitectura QuantiSpeed e é compatível com a infra-estrutura Socket A, suportando também as opções avançadas de bus frontal de 200 e 266 MHz. Estes chips são produzidos mediante o processo de fabrico de cobre de 0,13 microns em Dresden, na Alemanha.

A AMD e a Intel têm vindo a dar mais atenção ao mercado dos PCs portáteis nos últimos anos porque este tipo de computadores é o que tem registado um maior crescimento na indústria dos PCs que está, na sua grande parte, em crise. Estes chips são também os que geram mais lucros.

Na semana passada, a AMD revelou que estimava assumir prejuízos no valor de várias centenas de dólares durante o quarto trimestre e que também previa que iria ser obrigada a reduzir o seu número de postos de trabalho e gastos, num esforço para regressar aos resultados positivos. Um mercado de PCs fracos, o abandono dos seus processadores Athlon e Duron por parte de fabricantes e distribuidores, bem como uma concorrência agressiva da Intel afectaram a companhia durante o terceiro trimestre. Por seu lado, a Intel deverá começar a comercializar na primeira metade do próximo ano o seu primeiro processador totalmente concebido para portáteis, conhecido pelo nome de código Banias.

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