As ameaças à segurança das redes informáticas tem vindo a crescer, mas também a capacidade das entidades financeiras de admitir algumas vulnerabilidades aumentou. Um estudo recentemente divulgado pela Deloitte & Touche mostra que actualmente 83 por cento das entidades financeira confirma ter sido alvo de uma violação de segurança, contra apenas 39 por cento de respostas afirmativas no ano anterior.



O inquérito da Deloitte & Touche inclui os gestores de topo de uma centena das principais entidades financeiras mundiais, desde serviços financeiros, bancos e seguradoras, e confirma que quase metade destas entidades sofreu perdas de negócio devido a estes problemas de segurança, indica o comunicado à imprensa.



Mais de 70 por cento dos inquiridos afirma acreditar que os vírus e worms são a principal ameaça às suas redes para o próxima ano, e 87 por cento já implementou soluções completas de protecção contra estas pragas, um número abaixo dos 96 por cento que havia afirmado o mesmo no ano passado.



"As instituições financeiras estão a lutar uma guerra contínua para combater e reduzir os efeitos das ameaças e ataques de segurança crescentes, assim como de violações à privacidade, enquanto se debatem com um ambiente regulatório cada vez mais rígido", afirma Ted DeZabala, responsável pelos serviços de segurança da empresa nos Estados Unidos.



Destacando os problemas de gerir a pressão para aumentar a segurança dos sistemas ao mesmo tempo que garantem maior nível de acesso aos utilizadores, este responsável admite que é um equilíbrio delicado.



Apesar do crescente número de ataques, as instituições financeiras não aumentaram os seus orçamentos para esta área, sendo que uma percentagem significativa destas entidades já tinha sofrido cortes orçamentais em 2003.



O inquérito da Deloitte & Touche mostra ainda que as instituições financeiras estão a fear um maior esforço para cumprir as regras regulatórias, com mais de 60 por cento a garantir ter em vigor programas de gestão de privacidade.

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