Há poucas semanas atrás, aquando do lançamento de uma versão de testes do Quick Time 6.0 - que incorpora o formato de vídeo MPEG-4 -, a Apple revelou que tinha chegado a acordo quanto aos termos de licenciamento sobre essa padrão, em avanço a qualquer acordo público com o MPEG-LA, o grupo de detentores da patente relativa a essa tecnologia.



Ontem, a empresa de Steve Jobs anunciou o lançamento da versão final do seu leitor de conteúdos multimédia, poucas horas antes da publicação pelo MPEG-LA dos termos de licenciamento e dos preços para a utilização do MPEG-4.



Depois de muita contestação por parte das empresas produtoras de conteúdos que ameaçavam boicotar o produto, o MPEG-LA conseguiu reunir o consenso necessário entre os seus membros para conceber um novo conjunto de tarifas.



As taxas excedem um milhão de dólares por ano e as companhias que pagarem esta quantia em adiantado não terão que exibir os conteúdos vídeo que transmitirem ao MPEG-LA. As taxas de licenciamento aplicam-se apenas a serviços de streaming cujo acesso é cobrado a uma determinada quantia e não são aplicados quaisque encargos aos primeiros 50 mil subscritores por ano.



Ultrapassada essa marca, os proprietários de sites de conteúdos vão poder licenciar o mais recente formato de compressão de áudio e vídeo por 25 cêntimos de dólar por cada utilizador ou dois cêntimos de dólar por hora. Estas taxas são apenas aplicáveis a operadores de sites da Web que beneficiam comercialmente da utilização da tecnologia, quer através de anúncios pagos, serviços pay-per view ou subscrições.

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