Depois de ter revelado na Computex, em Taiwan, a sua nova gama de computadores portáteis para 2024, em que a inteligência artificial é a principal novidade, a Asus prepara-se para lançar os novos modelos. Aproveitando o NOS Alive, a fabricante realçou a importância da IA nos seus modelos, dando principal destaque à gama de portáteis ProArt PX, que vão chegar em breve ao mercado.

O modelo conta com o novo processador AMD Ryzen AI 300, reforçado com a placa gráfica RTX 40, reforçados pelo NPU para libertar toda a capacidade de inteligência artificial. Paulo Delgado, da Asus Portugal, salientou a certificação militar do equipamento na robustez dos portáteis, além da resistência a pó e água, que o tornam ideal para trabalhar em diferentes cenários.

A gama conta com três modelos, incluindo uma versão de 13 conversível e 16 polegadas, que à parte do tamanho do ecrã contam com as mesmas características, juntando-se um tablet assente na plataforma Snapdragon X da Qualcomm. Todos contam com um ecrã OLED com resolução 3K (2880x1800) e 400 nits de brilho.

Veja na galeria imagens do Asus ProArt PX:

Mais que o hardware que acelera os computadores, a Asus conta com diversos recursos de IA, além do Copilot+ da Microsoft, para ajudar os criadores nos seus projetos. Paulo Delgado explicou ao SAPO TEK que as pessoas têm estilos de vida e necessidades diferentes e a marca procura fornecer soluções para todos, seja para aprender, trabalhar ou mesmo jogar. “Temos atualmente a gama mais completa disponível com inteligência artificial e queremos mostrar vai ganhar naquilo que necessitar”.

De salientar a funcionalidade Muse Tree, que Paulo Delgado explica tratar-se de uma ferramenta para brain storm. “Basicamente, é uma espécie de gerador de imagens em esteroides, onde se pode pedir uma imagem de qualquer coisa, sejam materiais ou estilos e fazer misturas, num sistema de flow charts”. A ideia é separar a mesma ideia em ramos de variações, até se chegar à ideia final, separando os aspetos que se goste mais ou menos no processo. Destaca ainda que o recurso é gerado pelo NPU, completamente offline, sem necessidade de internet e processado no PC.

O outro recurso de IA é o StoryCube, que é uma espécie de biblioteca. A funcionalidade foi herdada daquilo que já existe nos smartphones, mas que segundo Paulo Delgado está preso ao conteúdo que está dentro do equipamento. Na transposição da funcionalidade para PC, os utilizadores podem reunir a biblioteca de imagens a partir de qualquer fonte, seja do smartphone, da cloud, de um drone, de uma camara DLSR ou outro equipamento no StoryCube. E a partir daí consegue encontrar, catalogar, “como se fosse uma super biblioteca dentro do PC”.

Veja o vídeo do Asus ProArt PX

De salientar que a funcionalidade Muse Tree é exclusiva de todos os computadores equipados com Ryzen AI e RTX 4060 para cima, independentemente da gama. Os primeiros a chegar são o Zephirus de gaming e o ProArt, mas qualquer máquina da marca que seja lançada com esta configuração vão usufruir dos recursos que requerem um processamento acima dos 321 Tops AI. Paulo Delgado explica que o objetivo não é replicar as longas esperas dos resultados na internet, mas sim obter os dados instantaneamente. O StoryCube está disponível em todas as novas máquinas da Asus.

Para os computadores de gaming, a IA vai também ser uma mais-valia, como os sistemas de dicas inteligentes que analisam a dificuldade dos jogadores e ajudar os que têm menos destreza. Do lado técnico, as capacidades de upscaling, assim como a geração de FPS, “colocar FPS onde eles não existem, mesmo que não duplique, diria que um aumento até 50%”.

Os modelos chegam ao mercado entre julho e agosto, exceto o tablet que está previsto para setembro. O modelo de 16 polegadas começa nos 2.999 euros, o de 13 polegadas nos 2.499 euros e o tablet por 1.499 euros.