Num comunicado oficial sobre o ataque à PlayStation Network, a Sony avança o prazo de uma semana para o restabelecimento de "alguns serviços" e avisa que "embora não exista, à data, qualquer evidência de que tenham sido roubados dados de cartões de crédito, a possibilidade não pode ser descartada".

A última actualização com relação aos problemas com o serviço de suporte online às consolas da fabricante foi publicada no blog oficial já ao final do dia de ontem, com a empresa a admitir que, em virtude da "intrusão ilegal e não autorizada" nos seus sistemas, foram comprometidos diversos dados dos utilizadores.

Informações como o nome, morada, email ou nome de utilizador e palavras passe para autenticação na PSN terão sido comprometidas durante o ataque, detalha a nota da empresa, mas é também possível que os intrusos tenham acedido a dados das contas como o histórico de compras, endereços para cobrança de pagamentos ou perguntas para recuperação de passwords.

A empresa aconselha os clientes a alterarem as credenciais (tanto na PSN como noutros serviços em que recorram às mesmas) e a estarem especialmente atentos a eventuais ataques de phishing que tirem partido da informação recolhida ou a utilizações indevidas dos seus cartões de crédito.

Acrescenta-se ainda que o ataque ocorreu entre 17 e 19 de Abril, tendo sido contratada uma empresa de segurança para investigar o incidente, em virtude do qual se decidiu reforçar a segurança reestruturando o próprio sistema - o que tem impossibilitado o acesso ao serviço desde dia 20.

A Sony ainda não se pronunciou com relação a danos ou custos associados ao incidente, mas o ataque deixou cerca de 77 milhões de utilizadores da PSN (32 milhões deles na Europa) sem poderem jogar ou comprar jogos online. O administrador do departamento tecnológico da Application Security, uma das maiores fabricantes norte-americanas de software de segurança para bases de dados, classificou a situação como "uma das piores falhas dos últimos anos", cita a Associated Press.