O site da agência norte-americana de rating que na semana passada desceu a classificação da dívida soberana portuguesa para o nível considerado" lixo" tem estado inacessível nas últimas horas.



No Facebook cresceu na semana passada uma campanha designada "Ataque Concertado à Moody's" que agendava para hoje às 15 horas um ataque ao site da empresa norte-americana. A ideia era juntar tantos acessos em simultâneo quanto possível, para gerar uma sobrecarga de pedidos de acesso ao site da Moody's e com isso comprometer a capacidade de resposta dos servidores.



O tipo de ataque em questão é conhecido por Distributed Denial of Service (DDos) e como explicava ao TeK na semana passada David Sopas, especialista em segurança, é um tipo de ataque cuja defesa imediata é difícil de conseguir. O técnico também frisava, no entanto, que o sucesso ou insucesso de uma iniciativa deste tipo está totalmente ligado à capacidade da infra-estrutura que suporta a presença online, face à dimensão do ataque.



Na página do Facebook onde foi lançada a ideia de avançar com a iniciativa de reacção ao corte do rating da dívida, a tarde tem sido animada com muitos comentários de quem admite ter participado e vai partilhando informação de ligações para a Moody's ainda operacionais, ou técnicas para garantir a eficácia dos esforços para "apagar" temporariamente a presença Web da agência.



David Sopas constata que "de facto vários websites da Moodys não estão a responder. Inclusive com algumas ferramentas de navegação anónima que utilizam proxys fora do nosso país, não estão a conseguir contactar o website em questão", diz o especialista.



Na sua perspectiva a inacessibilidade dos sites da agência norte-americana pode significar uma de duas situações: "ser um acto provisório da empresa para tomar as medidas necessárias ou o servidor poderá estar sobrecarregado com os milhares de pedidos de acesso".



O TeK não conseguiu até à hora de publicação desta peça contactar a Moody's para obter um comentário sobre o assunto.