Centro de competências valida aposta da SAP Portugal na AP

17 mai 2005 16:48

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A relevância do sector público no negócio da SAP Portugal justifica a criação de um Centro Internacional de Desenvolvimento e Inovação no país, que em colaboração com os centros internacionais está a optimizar a aplicação SAP aos requisitos da AP.

A SAP criou em Portugal um Centro Internacional de Desenvolvimento e Inovação orientado à Administração Pública, divulgou a empresa no SAP Business Forum dedicado à AP. O investimento envolvido é de três milhões de euros, a 3 anos, e foram criados 10 postos de trabalho que possibilitam o desenvolvimento e transferência de conhecimento no país.

"Este é um investimento estratégico em Portugal. Estamos a trazer para Portugal um pouco do nosso core business", afirma Joaquim Jesus Santos, director geral da SAP Portugal. "Temos uma grande posição na AP e pensamos que devemos aumentar o compromisso através de investimento", alinha o director geral.

"Conseguimos convencer a casa mãe a fazer este investimento em Portugal o que é relevante", continua. No ano 2004 a área da AP representou 30 por cento da facturação da SAP Portugal, um peso que Joaquim Jesus Santos admite ter ajudado também a convencer a SAP AG a realizar este investimento.

O peso do sector público em Portugal é superior ao dos outros países europeus, mas a empresa não quer ficar demasiado dependente de uma única área de negócio. "Para 2005 a expectativa é que o peso da AP seja de 25 por cento", indica Joaquim Jesus Santos, afirmando que o ano 2004 foi excepcional e que por isso essa percentagem não representa um decréscimo.

Questionado pelo TeK, Joaquim Jesus Santos admitiu que com a mudança governamental o arranque e decisão de novos projectos está um pouco parado o que afectará os resultados do primeiro semestre. No entanto os projectos já a decorrer, como é o caso do RIGORE (ver notícias relacionadas), mantêm-se em desenvolvimento.

O projecto definido para o Centro de Competências tem uma duração prevista de três anos mas Joaquim Jesus dos Santos reafirma que a ideia é torná-lo tão longo quanto possível, embora o alargamento dependa da SAP internacional e do próprio profissionalismo demonstrado no centro.

"Até agora tem corrido muito bem. As referências que temos dos centros internacionais que estão em ligação com este núcleo são excelentes", garante o responsável.

Recorde-se que em 2004 a SAP assumiu globalmente que iria imprimir velocidade a duas indústrias com realce para a banca e sector público, mantendo uma hierarquia de negócio nesta área.