Um terço das organizações em todo o mundo sofreu algum tipo de fraude económica nos últimos 12 meses, em que cerca de um quarto das vítimas específica que foram sujeitas a cibercrime.

Os dados constam do Global Economic Crime Survey 2011, da PwC, que classifica o cibercrime como um dos quatro crimes económicos mais frequentes, a seguir ao furto ou a apropriação indevida de ativos, fraude contabilística e suborno e corrupção.

O relatório, que abrangeu 3.877 inquiridos de 78 países, nota ainda que a perceção do cibercrime como uma ameaça predominantemente externa está a mudar, com as empresas a reconhecerem que o risco de cibercrime pode também surgir dentro da organização.

Os inquiridos consideram que o departamento de tecnologias da informação é a fonte interna mais provável de cibercrime. O departamento de TI foi citado por 53% dos inquiridos, seguido pelas operações (39%), vendas e marketing (34%) e departamento financeiro (32%).

Apesar de referirem uma maior sensibilidade para as ciberameaças, a maioria dos inquiridos afirma não ter, nem planear ter, um plano de resposta a este tipo de crime nas suas organizações. Além disso, 60% referem que a empresa não monitoriza as redes sociais.

A pesquisa da PwC permite ainda definir o perfil típico do defraudador interno que pratica cibercrime. De acordo com os inquiridos, são colaboradores juniores ou gestores de nível médio (85%), com idade inferior a 40 anos (65%) e colaboradores da organização há menos de cinco anos (50%).

A nível externo, os inquiridos apontam Hong Kong, China, Índia, Nigéria, Rússia e Estados Unidos da América como os países que constituem a maior ameaça na perpetração de cibercrimes.

No geral, o relatório da PwC indica que 34% dos inquiridos afirma que a sua organização foi vítima de crime económico, um aumento de 13% desde 2009.

Tal como indicado anteriormente, o furto ou a apropriação indevida de ativos foi o crime económico mais citado (72%), seguido da fraude contabilística (24%), do suborno e corrupção (24%) e do cibercrime (23%).

Globalmente, 11% dos inquiridos, sendo cerca de metade deles executivos de topo, afirma que desconhecem se as suas organizações sofreram algum tipo de fraude.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico