Uma pesquisa realizada junto das 200 maiores empresas revela que mais de 60 por cento das organizações portuguesas têm interesse na cloud. Apenas 11 por cento já implementou serviços na nuvem e outras 7 por cento estão a adotar neste momento a nova arquitetura. Juntam-se mais de 30 por cento a analisar a migração de serviços para a nova arquitetura, revela a IDC.

Embora o interesse pela nuvem seja elevado, varia em função das áreas analisadas, especialmente quando a questão se refere à cloud pública. Só 4 por cento das inquiridas já contratou este tipo de serviços. Outras 7 por cento estão em fase de implementação, mas a maioria mostra-se pouco favorável ao cenário.


No que se refere às áreas a migrar para a nuvem as respostas também variam. Mais de 60 por cento das empresas admite esta hipótese para o email.


Na área de plataformas as-a-service, o alojamento web é a área em que as empresas encaram com maior naturalidade a migração para a nuvem. Nos serviços é o CRM o mais aceite (mais de 60 por cento votaram esta hipótese).


Nas restantes áreas as intenções de migração são mais baixas, espelhando ainda alguns receios face às versões cloud dos produtos e à própria arquitetura.


A migração para a nuvem é essencialmente vista pelas empresas como uma oportunidade para poupar custos e melhorar a eficiência da organização. A otimização de processos de negócio, a melhoria de desempenho ou do serviço a clientes são prioridades menos relevantes para as empresas que responderam à pesquisa.


O IT Service management, Automação e Cloud Computing da IDC também conclui que a maioria das organizações portuguesas não está preparada para adotar esta nova arquitetura de computação. Uma conclusão que resulta da análise ao nível da automatização de processos relacionados com os serviços de TI.


Por áreas, o relatório revela que as empresas tendem a dar preferência à definição e implementação dos processos operacionais, no que se refere à automatização. Questões como o risco, conformidade regulamentar, o catálogo de serviços ou a gestão de configurações através do recurso a bases de dados de configuração são menos visadas pelo esforço de automatização de processos.


Na mesma linha, o relatório sublinha o facto de só 36 por cento das organizações já terem implementado soluções de IT Service Management, considerado que este é um bom indicador do grau de maturidade das organizações, no que respeita à automatização e industrialização dos processos relacionados com serviços TI.


O estudo da IDC também mostra que em quase metade do universo consultado os departamentos TI têm até 5 pessoas e que entre as organizações inquiridas mais de metade recorre a outsourcing. As áreas mais relevantes são o desenvolvimento aplicacional e as tarefas relacionadas com a administração de sistemas.


Genericamente as grandes prioridades das organizações para 2012 em matéria de investimento na área das TI vão para a virtualização da infraestrutura e a consolidação. A cloud surge depois destas prioridades.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico