Recomeçam amanhã as audições pela comissão parlamentar que investiga o processo que conduziu à adopção do Magalhães e à implementação do programa e-escola. Na lista de "convocados" estão os responsáveis da Intel e da Zon, da Inforlândia e do Ministério da Educação.

A Intel, através do responsável ibérico e do responsável pelo negócio em Portugal, será a primeira a ser chamada ao Parlamento amanhã, dia em que a comissão de inquérito ao funcionamento da Fundação para as Comunicações Móveis retoma as audições.

Em agenda para amanhã estão também os depoimentos de responsáveis da Inforlândia e da task force do Ministério da Educação que definiu as características do computador - embora a comparência dos últimos esteja ainda por confirmar, lê-se no site da comissão de inquérito.

O presidente do conselho de administração Zon Multimédia, Rodrigo Costa, será ouvido durante a manhã de quarta-feira.

Os parlamentares esperam que o depoimento dos responsáveis da Intel ajudem a determinar qual o envolvimento da empresa no desenvolvimento do Magalhães e na cerimónia de apresentação do computador, em Julho de 2008.

"É extremamente curioso que no memorando de entendimento [que foi assinado com o Estado português no dia em que foi apresentado o Magalhães] esteja referida a iniciativa Magalhães, mas a JP Sá Couto nos tenha dito que não teve nada a ver com o memorando de entendimento", faz notar o deputado do BE Pedro Filipe Soares, em declarações à agência Lusa.

Bruno Dias, do PCP, realça o facto de a Intel ter assinado o memorando de entendimento com o Governo "no mesmo momento em que negociava com a JP Sá Couto, sendo que, supostamente, uns não sabiam o que se passava com os outros".