O evento de apresentação arrancou com Inês Veloso, a diretora de marketing e comunicação da Randstad Portugal, e introduziu o tema do desafio da transformação digital. Refere que apesar de Portugal apresentar 350 mil pessoas no desemprego no ano passado, ficaram 30 mil vagas por preencher. Isto para referir a competência da Randstad da requalificação profissional das pessoas, tendo em conta as necessidades das empresas de TI. Ainda assim salienta que a tecnologia veio transformar o mundo do trabalho, com a substituição das pessoas por robots, “mas não se trata de substituir, mas sim modificar as respetivas competências”, destaca.

E mesmo os técnicos e programadores de TI podem ser substituídos por máquinas que já programam código, na teoria. “É necessário ter a capacidade de nos reinventarmos”, salienta Inês Veloso, dando o exemplo do inventor da máquina digital, que era um trabalhador da Kodak. Lança um desafio para a plateia: 30/3/3, ou seja, daqui a 30 anos o que estarão a fazer? E tudo aquilo que se pensava que ia acontecer em 30 anos, aconteceu em 3 anos, e as organizações tiveram 3 meses para se adaptar, segundo os estudos feitos.

Destaca ainda que em 2022 todas as pessoas necessitam de 101 dias de aprendizagem, perante toda a revolução tecnológica. “O negócio vai deixar de ser B2B e B2C, mas sim H2H, ou seja, pessoas para pessoas, conduzidas por supercomputadores”.

Nova cultura de trabalho

Joana Pires, diretora de marketing e operações Surface para a Europa Ocidental, salientou como a sua equipa nem se encontra em Portugal. Refere que existe uma nova cultura de trabalho, mais aberta à criatividade, destacando que 84% dos líderes de empresas com quem falou acredita que a tecnologia potencia a criatividade. Para Joana Pires, há um novo local de trabalho, flexível, colaborativo, mas também de empowerment que é a confiança depositada na autonomia dos colaboradores, provando que estes são mais produtivos.

E é neste contexto que a Microsoft, mantendo as pessoas no centro da ideia, promove o Surface Hub 2S, uma nova versão que foi trabalhada para ser mais fácil de trabalhar, usar tanto no local como remotamente, mas salientando o trabalho em equipa. O Surface Hub 2S tem 50 polegadas e está disponível desde junho, mas será lançada uma versão de 80 polegadas no próximo ano.

“O HUB é o nosso expoente máximo de colaboração, mas não é o único exclusivo, visto que salto entre o tablet e o smartphone, dependendo do tipo de reuniões e respetivas equipas”, refere Joana Pires, que muitas vezes tem de tomar decisões ou trabalhar em casa, em deslocação ou mesmo durante a pausa para café. “Não existe um local de trabalho fixo e por isso a necessidade de trocar entre equipamentos é essencial para manter a produtividade, credibilidade e versatilidade”. Isso só se consegue quando se dá responsabilidades às pessoas, e claro, equipamentos que satisfaçam as suas necessidades.

Paula Fernandes, da Microsoft, destaca a linha de produtos Surface para negócios, incluindo o software Windows 10 Pro e preparados para Microsoft 365 e por fim, o Advanced Exchange que prolonga a garantia dos equipamentos sem custos adicionais, como vantagem do alinhamento. E para 2020 promete novidades no alinhamento, incluindo o dispositivo de 80 polegadas.

Quanto ao HUB 2S, mantém o conceito all-in-one, de 50 polegadas com um design fino e mais leve (menos de 30 quilos), com uma diminuição dos bezels para menos de 15 milímetros. O HUB tem um suporte com rodas para ser deslocado para qualquer lugar da sala. No meio da estrutura encontra-se uma base para colocar uma bateria adicional, se necessário.

O White Board digital continua a ser a característica mais salientada pela Microsoft, que permite uma maior fluidez e integração do “mundo analógico”. O ecrã tem um aspect ratio 3:2, e tem nas extremidades mais pontos de fixação da pen.

surface hub 2S
surface hub 2S Conference call em direto utilizando o Surface HUB 2S.

Mas sem software, o hardware não vale muito e por isso a Microsoft destaca o Teams, para colaboração remota, desde a marcação de reuniões, e claro uma experiência imersiva, graças ao suporte a câmaras, oito microfones e altifalantes integrados. Desta forma, acredita que desta forma se quebre a barreira entre os membros da equipa que estão remotamente e no local. A câmara tem uma resolução 4K com um ângulo de cobertura de 90 graus.

Foi dado o exemplo de como um simples trailer de um filme foi utilizado para capturar uma imagem, colocada no white board para ser editado com anotações sobrepostas e prontamente partilhável com os restantes membros da equipa. O sistema tem um processador Intel de oitava geração, 128 GB de SSD. Tem 3 portas USB-C, acompanhado por algumas USB-A, suportando ainda Wi-Fi e Bluetooth.

Exemplos práticos de mobilidade

Fernando Resina da Silva, parceiro da Vieira de Almeida, deu também o seu testemunho como a mobilidade e a mudança de instalações há dois anos, com mais de 440 colaboradores, foi aproveitado para otimizar a tecnologia na empresa. “Tínhamos de criar mobilidade, as pessoas tinham de sair do escritório”, e por isso investiram no Surface, primeiro com um grupo de pessoas para um teste-piloto, dando às pessoas que não saíam do escritório equipamentos para se libertarem. “Deu-se uma mudança de paradigma, e passámos a estar mais perto dos clientes, e se antes os recebíamos no escritório, agora vamos ter com eles”.

O advogado refere que ir aos escritórios dos clientes, ver o seu ambiente de trabalho, ajudou bastante na relação entre ambos. Com esta mobilidade, o conceito de “escritório de advogados” deixou de ser uma realidade, mas sim o “escritório é onde estiver o cliente”. Segundo Fernando Silva, o Surface não tem nada lá dentro, pois utiliza a cloud como plataforma para trabalhar.

Para demonstrar a qualidade do Surface HUB 2S em termos de videoconferência, foi feita uma chamada de vídeo para o escritório de advogados em Santos. A conversa entre os oradores do evento e o advogado foi fluída e com excelente qualidade de imagem. Claro que tudo vai depender da banda de internet para manter a consistência da latência baixa.

Para Manuel Faria, o uso do Microsoft Teams é um agregador que serve para qualquer equipa, respondendo às suas necessidades. A componente chat, conversação, chamadas e meetings são alguns dos destaques feitos, protegidos pelas normas de segurança. Mesmo ao nível de passar conteúdos do Teams para fora, as empresas podem limitar o que é possível copiar, para manter o sigilo na equipa e evitar fugas de informação. “Sinto-me mais integrado na equipa quando verificamos as tarefas no Teams e os respetivos desafios para o dia-a-dia”, destaca.

surface hub 2S
surface hub 2S O Teams e o White Board são ferramentas essenciais para a experiência do Surface HUB 2S.

Como plataforma, é possível agregar outras aplicações, utilizando a sua API para adotar apps do Github, por exemplo. Segundo a Microsoft, há 500 mil organizações a usar o Teams, sendo 91 delas no Top 100 da Fortune. Manuel Faria refere ainda que o Teams é compatível com todos os dispositivos, incluindo telefones de secretária e outros periféricos, com uma interface coerente, o que evita choques de adaptação.

O Teams está integrado no quadro de funcionalidades principais do HUB 2S, e através do sistema Miracast, foi projetado do PC para o Surface HUB, mas que está no ecrã grande pode interagir. Isto permite que mais pessoas, cada um no seu dispositivo edite documentos em tempo real. Uma das funcionalidades novas é o uso de blur nos vídeos, que permite salientar o sujeito, embaciando o fundo, assim como substituir o background por outra imagem.

O ecossistema colaborativo integrando o White Board com o Teams, é que todos os membros da equipa na chamada podem editar as anotações. A ferramenta corrige automaticamente esquemas baseados em linhas, por exemplo, ideal para desenhar tabelas à mão, sem a preocupação destas ficarem tortas. Os documentos ficam imediatamente disponíveis na Drive de cada uma.