Um estudo feito a 42 mil pessoas concluiu que 90% ainda usam o computador numa base regular e que para 83,4% dos inquiridos o PC é o dispositivo preferencial para aceder à Internet. Os números baseados no comportamento dos consumidores mostram que apesar de o segmento estar em crise, os computadores estão longe do abandono.

Os resultados do estudo anual da Mindshare indicam ainda que os smartphones são o dispositivo preferencial para aceder à Internet para 9% dos inquiridos, enquanto os tablets ficam na terceira posição com 4% das intenções. Nas conclusões da investigação é recordado que apesar do interesse "explosivo" que existe relativamente aos dispositivos móveis, a esmagadora maioria das pessoas continua a contar com os PC para a produção de conteúdos.

Mas o facto de se estar a viver uma era "multidispositivo" é aproveitado na realização de diferentes tarefas. De acordo com a análise, as pessoas estão dispostas a fazer qualquer atividade online nos mais variados equipamentos. O que acaba por acontecer é que primeiro decide-se o que se quer fazer, para depois escolher o dispositivo onde acha que vai cumprir melhor a tarefa.

Uma outra conclusão de destaque do estudo da Mindshare é a de que vai ser mais importante o local onde o utilizador está a executar a tarefa online, do que o tipo de dispositivo no qual o está a fazer. Atualmente a maior parte das atividades online é feita em casa - banca online, compras, redes sociais e fazer pesquisa de produtos.

Quer isto dizer que apesar de existirem mais dispositivos e mais mobilidade, os hábitos de consumo alteraram-se pouco, sobretudo tendo em conta a transformação que os diferentes mercados estão a sofrer ao nível das vendas.

A Mindshare chegou ainda a outras duas ideias que deixa como sugestões: a criação de conteúdos deve ser feita a pensar em todos os dispositivos, pois nunca se sabe qual deles o target vai estar a utilizar, e que as campanhas devem ser feitas tendo em conta o comportamento - local e horário de consumo por exemplo -, em vez de se focar no tipo de dispositivo.


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