Mais de 1.000 programadores trabalham actualmente no kernel de Linux, um número que cresceu 10% desde 2008, indica um relatório da The Linux Foundation ontem divulgado. No último ano foram adicionadas 2,7 milhões de linhas de código.

O relatório “Linux Kernel Development: How Fast is it Going, Who is doing it and Who is Sponsoring it?” actualiza os dados de Abril de 2008 e, segundo os autores, mostra a vitalidade do ecossistema Linux.

"O relatório mostra que o ritmo do desenvolvimento de Linux continua a crescer, com mais indivíduos e empresas a suportar o desenvolvimento do kernel de Linux", escreve Jim Zemlin, director executivo da The Linux Foundation.

As 2,7 milhões de linhas de código adicionadas no último ano correspondem a um número já "limado", porque o relatório indica que são adicionados todos os dias cerca de 10.923 linhas de código, mas que uma média de 5.527 são também removidas ao mesmo ritmo, assegurando a qualidade do kernel de Linux.

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O mesmo estudo indica que a actividade dos programadores resultou numa média de 5,4 patches aceites por hora, um crescimento de 42% face aos dados do estudo original.

Mais de 70% das contribuições para o kernel são provenientes de programadores que trabalham em empresas como a Red Hat, IBM, Novell, Intel, Oracle, Fujitsu e outros importantes defensores de Linux que usam a melhoria do código como vantagem competitiva.

De acordo com a análise dos autores do relatório, esta aceleração do desenvolvimento de Linux pode ser atribuída ao crescimento da procura em mercados emergentes, nomeadamente nos netbooks, indústria automóvel e energia, assim como à preparação de um novo ciclo de desenvolvimento do kernel.