EA está a usar machine learning para tornar inimigos "mais reais"

A Electronic Arts está a "desenvolver" inimigos que aprendem com os jogadores, através de redes neurais no seu título de guerra Battlefield 1.

Revelada durante o evento E3 no ano passado, a SEED é uma nova divisão da Electronic Arts dedicada à investigação de ferramentas ligadas à inteligência artificial, redes neurais e machine learning. O objetivo é desenvolver ferramentas que tornem a experiência dos jogadores mais imersiva nos diferentes videojogos da editora.

A EA demonstrou na GDC, a decorrer em São Francisco, nos Estados Unidos, algum trabalho feito em Battlefield 1, o seu popular videojogo baseado na Primeira Guerra Mundial. A sua tecnologia está a ser utilizada para ensinar soldados controlados pela inteligência artificial a jogar este título. Neste caso, os modelos de IA aprendem a jogar através da observação dos jogadores, sendo a aprendizagem da sua rede neural feita através de um sistema de tentativa-erro.

A tecnologia de machine learning permite aos soldados artificiais aprender a recolher as caixas de munição espalhadas pelo mapa ou kits de saúde para se curarem, tal como fazem os jogadores. Durante os testes, o estúdio afirma que em partidas limitadas com pistolas, os inimigos controlados pela IA conseguem dar luta aos jogadores humanos.

O próximo passo é treinar a rede neural para lidar com estratégias mais complexas, tais como trabalhar em equipa, explorar as habilidades e equipamentos das diferentes classes de soldados, e aprender os detalhes de cada mapa. A tecnologia ainda está em fase experimental, mas pretende ser utilizada em futuros jogos da empresa.