As autoridades norte-americanas acusaram ontem formalmente três cidadãos estrangeiros da autoria e distribuição do trojan Gozi, considerado pelo tribunal de Nova Iorque como "um dos vírus de computador financeiramente mais destrutivos da história".


Nikita Kuzmin, Deniss Calovskis e Mihai Ionut Paunescu, com idades entre os 25 e os 28 anos e oriundos da Rússia, Letónia e Roménia, terão alegadamente sido responsáveis pela criação de um vírus que infetou cerca de um milhão de computadores em todo o mundo, permitindo a cibercriminosos roubar vários milhões de dólares de contas bancárias através da Internet. A acusação associa ainda este trojan a infeções em sistemas informáticos da NASA.


A disseminação do vírus Gozi era originalmente feita através de um email com um ficheiro PDF infetado, cuja abertura permitia aos cibercriminosos ter acesso a informações pessoais e bancárias dos utilizadores, para depois ser usada na utilização das contas bancárias.


Segundo a acusação, o histórico deste trojan terá começado em 2005 com o russo Nikita Kuzmin a dar os primeiros passos na sua conceção, com o objetivo de roubar dados bancários, tendo contratado os outros dois arguidos para o ajudar em tarefas técnicas.


Após a criação do Gozi, Kuzmin terá criado um serviço denominado 76 Service, que basicamente "licenciava" a utilização do vírus a outros cibercriminosos, mediante o pagamento de um valor semanal fixo.


Kuzmin, já condenado em 2011 por fraude bancária, é acusado da co-autoria e distribuição do vírus e Deniss Calovskis enfrenta a acusação de ter escrito o código do Gozi. A Mihai Paunescu é atribuída a alegada criação e disponibilização da infraestrutura informática para a distribuição do vírus.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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