Pretendendo combater a utilização do termo
open source, introduzido em 1998 pela
famoso hacker Eric Raymond, a
Software Foundation (FSF) - organização
criada por Richard Stallman, responsável pelo
projecto GNU que visa desenvolver uma
versão do Unix - iniciou segunda feira a campanha
Livre" para defender a utilização deste
conceito.
Esta guerra de termos tem vindo a ser travada já
desde há algum tempo por essas duas
personalidades carismáticas do sector de
software não-proprietário. Segundo a Free
Software Foundation, "o software livre é
chamado, muitas vezes, de open source",
devido a uma tentativa de criar uma campanha de
marketing para este tipo de programas pela
OSI".
Open source refere-se à possibilidade de
aceder ao código-fonte. Mas segundo a fundação de
Richard Stallman, este é apenas um requisito de
duas das quatro liberdades que definem o
software livre, isto é, liberdade para
executar o programa para qualquer fim, para
estudar o seu funcionamento e adaptá-lo às
necessidades de cada um - aplicando-se estas duas
ao open-source -, para redistribuir cópias
e para melhorar o programa e distribuir essas
modificações de forma a beneficiar toda a
comunidade. Daí que, para a FSF, open
source gera um mal-entendido.
A fundação refere no documento que explica os
objectivos da campanha as vantagens de utilizar o
termo software livre. Na sua opinião, em
primeiro lugar, é mais fácil de perceber. Apesar
de o conceito inglês ter um significado ambíguo,
pois pode querer dizer livre e gratuito. Mas
mesmo nesse caso, a confusão pode ser evitada ao
chamar a atenção que o adjectivo free
refere-se a liberdade e não ao preço.
"Infelizmente, muitas companhias começaram a
chamar open source aos seus produtos
quando parte do seu código-fonte pode ser
acessível", acrescenta a organização. Na sua
opinião, isso leva a que os utilizadores sejam
atraídos por este tipo de software
acreditando que se baseia nos mesmos princípios
em que se baseia o sistema operativo Linux.
Segundo a Free Software Foundation, a Open Source
Iniciative queria atrair o mercado empresarial
com um conceito neutral do software
livre, que tem uma conotação ideológica e
politica mais acentuada, ao centrar-se sobretudo
na raíz filosófica da palavra liberdade e não
tanto na elevada qualidade do software.
Esta ideia está bem patente no artigo
Open Source da mesma fundação.
Richard Stallman é também conhecido por defender
acerrimamente que o sistema operativo Linux se
devia designar GNU-Linux. Isto porque Stallman,
que começou a desenvolver o GNU em 1984, salienta
que o Linux é composto por vários programas do
GNU, como controladores e utilitários. Na sua
opinião, 28 por cento das distribuições deste
sistema operativo são, de facto do GNU. Mas até
hoje, este projecto ainda não foi finalizado.
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