Já estão disponíveis as primeiras ferramentas para desbloquear os bootloaders de telefones Android da HTC. A novidade vem permitir, a quem tenha conhecimentos de programação, uma maior personalização do interface de utilizador dos terminais.

Todos os smartphones da fabricante equipados com o sistema operativo móvel da Google são comercializados com o interface de utilizador HTC Sense instalado. Com o desbloqueamento dos bootloaders passa a ser possível aos programadores alterarem de forma mais profunda o aspeto dos seus terminais, ou mesmo abdicarem do HTC Sense.

A questão, que pode parecer pouco relevante para o comum dos utilizadores, tem alguma importância para a comunidade de programadores, que há algum tempo vinha pedindo à fabricante maior liberdade nesta matéria. À promessa do CEO, Peter Chou, em maio, seguiu-se o anúncio oficial, em julho: a HTC iria fazer-lhes a vontade.

Por agora, a possibilidade é assegurada para alguns modelos Android da marca, lançados a partir de setembro de 2011, anunciou a HTC, numa mensagem publicada no site dedicado aos programadores. Ficou, no entanto, prometida a disponibilização, numa segunda fase, do download para modelos anteriores.

Entre os equipamentos incluídos na lista daqueles que já podem ser desbloqueados encontram-se, por exemplo, o tablet HTC Flyer, o HTC Evo 3D e o HTC Sensation, comercializados em Portugal.

A lista completa dos dispositivos que já podem ser desbloqueados, bem como o download das ferramentas necessárias, encontra-se disponível no site, onde a HTC deixa também um alerta para os riscos da decisão, aconselhando a que apenas o faça apenas quem esteja consciente dos riscos envolvidos e tenha os conhecimentos necessários.

Recorde-se que "permitir" o desbloqueio é diferente de apoiá-lo ou dar suporte ao mesmo, pelo que os clientes são avisados de que desbloquear os dispositivos pode significar que estes deixem de estar cobertos pela garantia da fabricante. São também alertados do perigo de "efeitos secundários", como o sobreaquecimento.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes