A divisão de
Microelectrónica
da IBM planeia começar a disponibilizar os seus chips PowerPC a outras empresas que estejam interessadas, nos termos de um novo plano de licenciamento. Apesar da companhia pretender desde há muito estender o programa de licenciamento para esta linha de processadores, até agora, a gigante de informática apenas licenciou a tecnologia de semicondutores a algumas companhias, como a Xilinx.

O novo plano, denominado programa de licenciamento Open PowerPC, irá oferecer o chip a um número muito maior de potenciais clientes. Desta forma, a IBM espera conseguir implementar mais fortemente a família de processadores no mercado, impulsionando a sua posição face a concorrentes como os chips ARM ou MIPS ou às rivais Motorola e Intel. Ao avaliar o programa de licenciamento, a companhia também levou em conta as necessidades dos seus clientes.

A empresa assegura que pode disponibilizar a outras fabricantes os
processadores PowerPC que necessitarem a um custo mais reduzido do que se
fossem desenvolver por si próprias os chips. O programa Open PowerPC está também relacionado com a nova iniciativa de fundição de chips da IBM, através da qual a unidade de Microelectrónica irá oferecer as suas técnicas de manufactura, instalações e engenheiros a companhias que não possuem recursos imobiliários próprios. O objectivo é atrair os clientes ao negócio de fundição da IBM.

Neste âmbito, a IBM irá oferecer a produção de chips a licenciadas a partir das suas instalações. A empresa tenciona ainda permitir que as
companhias produzam os chips noutros locais. A IBM está actualmente a certificar fundições externas. Embora a linha de processadores PowerPC seja utilizada numa vasta gama de dispositivos informáticos, incluindo computadores de bolso, equipamento de rede e grandes servidores, a companhia planeia limitar inicialmente o programa aos seus núcleos de processadores da série 400.

Estes chips, que incluem normalmente um núcleo de processador, memória e outros elementos necessários para fazer com que um dispositivo funcione, são normalmente empregues em PDAs, set-top boxes, impressoras e equipamentos de rede. O PowerPC 405LP, por exemplo, irá servir de base a um novo kit de desenvolvimento de hardware para PDAs Linux. Outros PowerPCs, como os da família 700, foram concebidos para aplicações mais específicas, sendo também mais dispendiosos.

Em paralelo, a IBM divulgou que assinou acordos com a Cadence Design Systems e a Synopsis, empresas que iram criar ferramentas de design e desempenhar funções de consultoria em assuntos como o design dos dispositivos com clientes que queiram licenciar os semicondutores. As empresas licenciadas poderão também efectuar alterações ao processador, caso desejarem.

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