O objectivo da iniciativa é abrir a tecnologia aos parceiros e garantir o acesso da IBM a novos mercados como a electrónica de consumo e a conceitos como o lar digital através da sua família de processadores Power. A iniciativa pretende ainda facilitar o desenvolvimento de simuladores de processador, compiladores, definições de algoritmos entre outras aplicações desenvolvidas por parceiros que giram em torno da família de processadores.



Os membros do consórcio ganham ainda a possibilidade de estar a trabalhar num mesmo sentido, podendo partilhar resultados sem trabalhar directamente com a IBM.



Segundo um porta-voz da empresa, um dos primeiros desafios que se colocam ao grupo é o desenvolvimento de uma especificação para um interface de bus aberto, que será utilizado pelos fabricantes de processadores de memória ou de rede quer actuam em torno do core Power.



Por definir estão ainda alguns pormenores relacionados com o sistema de gestão do consórcio, embora a IBM tenha adiantado que deverá seguir um modelo semelhante ao do Eclipse, lançado pela Big Blue em 2001 nesta mesma lógica de comunidade.



Do Power.Org fazem parte empresas como a Sony, a Novell, ou a Red Hat que nos próximos dias deverão ganhar novos parceiros neste âmbito. Entre os nomes a adicionar podem estar a Toshiba ou a Apple. De sublinhar que o processador de última geração em desenvolvimento pela Sony, IBM e Toshiba que deverá ser apresentado no próximo mês de Fevereiro, é baseado na arquitectura Power.



A medida é encarada como uma forma de ganhar massa crítica e obter apoios, que se convertem em licenças para a tecnologia em que a IBM investiu milhões de dólares. O anúncio na China é visto pelos analistas como uma forma muito clara de pedir apoio aos fabricantes locais para apoiar o projecto.



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