A tecnologia, que chegará ao mercado no próximo ano através de soluções de parceiros, foi desenvolvida para proteger dados de cartões de crédito, a par de todos os dados sensíveis envolvidos numa transação. Desde os servidores do prestador de serviço, ao terminal que aceita os dados, até ao banco que os valida, todas as comunicações são encriptadas, explicou Michelle Tinsley, diretora para a área do retalho transacional, num evento promovido pela companhia em Londres esta quarta-feira, acrescentando que a diferença entre esta tecnologia e outras, dirigidas à mesma questão, está no facto de endereçar o problema numa lógica end-to-end.

Outra caraterística importante é o facto de permitir criar uma ligação segura, sem necessidade de novos investimentos de hardware e de ser compatível com a segunda geração de sistemas Core da fabricante. A tecnologia funciona com qualquer sistema de pagamentos, incluindo carteiras digitais.

No mesmo evento esteve o responsável pela NCR, empresa que no próximo ano vai lançar aquela que será a primeira ou uma das primeiras soluções baseadas na nova tecnologia da Intel. A solução vai estar focada, sobretudo na proteção de dados pessoais. Os pagamentos não serão, numa fase inicial, a prioridade. O retalho é o mercado alvo do produto, que ao longo do último ano foi dado a experimentar a uma dúzia de companhias de referência no sector. O responsável garantiu que o feedback recebido até agora, embora se trate de uma nova arquitetura, o que levanta sempre maiores resistência junto das organizações, tem sido muito positivo.

A Intel defende que em poucos ano o mercado de soluções IoT (Internet of Things) será de milhares de milhões de dólares. A empresa identifica um conjunto de constrangimentos, que na sua perspetiva, estão a atrasar essa evolução: a segurança e a privacidade; a fragmentação dos mercados verticais; as questões de integração e controlo; a existência de muitas infraestruturas legacy; as questões de interoperabilidade e a falta de standards.

Para além do retalho, a empresa elege um conjunto de indústrias onde estas tecnologias têm maior potencial e que antecipa como lideres a adoção de soluções IoT, onde se incluem o sector automóvel, já com alguns passos dados nesse sentido, os transportes ou as smart cities.