A Intel demonstrou na semana passada, durante o ciclo de conferências Intel Developer
Forum
, que decorreu em San Jose, na Califórnia, uma tecnologia designada Extensible Firmware Interface (EFI) que tem como objectivo substituir a BIOS (Basic Input/Output System), um pequeno conjunto de rotinas fixas de software que é normalmente integrado num chip contido na motherboard, noticiou a C|NET.

A BIOS tem sido, durante mais de 20 anos, um componente essencial para os PCs, constituindo um dos últimos resquícios do conceito original de computador pessoal da IBM. Mas, esta herança de um passado distante tem vindo a causar cada vez mais problemas. Os criadores da BIOS do IBM PC pensavam que esta tecnologia não iria sobreviver durante muito tempo, prevendo que fosse apenas incorporada em 250 mil máquinas.

Actualmente, a maior parte dos utilizadores apenas conhece a BIOS como sendo a fonte misteriosa de mensagens de configuração e de teste do computador quando um PC é ligado. Apesar da sua função primordial consistir em ligar os vários componentes do hardware num PC, não existem padrões que expliquem como deve ser criada ou configurada, sendo comum que as placas de extensão desenvolvidas por diferentes fabricantes utilizem a BIOS de uma forma diferente.

Mesmo se os utilizadores recorrerem à BIOS para alterar as configurações ou diagnosticarem um problema no seu PC, a ajuda disponível escasseia, sendo também raras as semelhanças entre os diferentes PCs. A Intel assegura que a EFI irá resolver essa situação.

Consistindo num minúsculo sistema operativo liberto das restrições da BIOS, a EFI disponibiliza um interface gráfico que suporta
ecrãs de elevada resolução de arranque quando o PC é ligado. Pata além disso, a EFI dispõe de uma rede própria que pode ser utilizada para efectuar diagnósticos à distância.

Outra novidade em relação à BIOS é que a EFI é quase inteiramente escrita na linguagem de programação C, permitindo que sejam criados módulos adicionais mediante o recurso a ferramentas comuns de programação. Estes módulos podem consistir num sistema de diagnóstico muito mais detalhado e útil, programas de auto-configuração e instrumentos para resolver problemas, mesmo no caso do sistema operativo ter ido abaixo.

Nesse caso, o utilizador pode verificar o estado da máquina, alterar a
configuração, carregar um driver diferente e efectuar uma reiniciação básica do computador. Dado que a EFI possui o seu próprio sistema de preenchimento, integrado numa parte reservada do disco rígido, pode-se tornar o centro de alojamento de uma série de programas utilitários, ao contrário do que sucede com a BIOS.

Partindo do pressuposto que a BIOS não será substituída a curto prazo, os
engenheiros da Intel desenvolveram a EFI de modo a suportar sistemas antigos correndo por cima de uma BIOS existente e passando o controlo quando for apropriado.

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