Os projectos da Intel para desenvolver chips para televisores com ecrãs de grande dimensão foram arquivados devido à projecção de fraco retorno financeiro. A empresa tinha anunciado os seus planos nesta área ainda em Janeiro, durante o Consumer Electronics Show, prevendo a sua comercialização ainda este ano.



Na altura a Intel revelou estar a trabalhar com fabricantes chineses que suportariam a tecnologia para a comercialização de ecrãs de televisão de cristal líquido, usando os chips da empresa de semicondutores com tecnologia de base. Segundo o explicado em Janeiro, a tecnologia em desenvolvimento deveria permitir a comercialização de ecrãs a preços abaixo de 1.800 dólares.



Já em Agosto a Intel tinha confessado o atraso na produção do primeiro chip da tecnologia LCOS (liquid crystal on silicon semiconductor) e agora a empresa dmite que os custos de investigação e desenvolvimento necessários para produzir o produto não justificavam o valor potencial do mercado.



Aparentemente os projectos de ecrãs de grande dimensão estavam condenados à partida no mercado asiático e europeu, onde as pequenas dimensões das salas de estar não justificavam o tamanho dos projectores. Sobrava o mercado norte-americano, mas outras tecnologias, como a da Texas Instrumentes baseada no Digital Light Processor, estão mais avançadas do que a da Intel.



Porém, outros fabricantes estão a apostar nos chips LCOS, como a JVC e a Sony que já mostraram alguns ecrãs baseados nesta tecnologia recentemente, sendo de esperar que os produtos da Sony cheguem ao mercado em Janeiro, mas por um preço bastante acima do que era previsto pela Intel.

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