Foi exatamente isto que um grupo de investigadores quis saber e procedeu à seguinte experiência: a mesma história foi dada a ler a 50 pessoas; 25 leram-na num ereader Kindle, as outras 25 leram em formato papel. No fim concluiu-se que os leitores “digitais” não tinham assimilado tão bem a cronologia da história.



A académica Anne Mangen, da Universidade de Stavanger na Noruega, partiu de uma outra experiência que tinha sido realizada em moldes semelhantes, mas em vez da utilização de um ereader a leitura digital foi feita através de um iPad. Nessa altura os leitores mostraram ainda ter menos capacidade de empatia com a história e sentiram uma experiência menos imersiva.



No estudo que envolveu o Kindle a única diferença significativa notória entre os dois grupos de leitores deu-se ao nível da cronologia da história. Explica Anne Mangen que nos livros os leitores usam o toque e o número de páginas já percorridas para situar a ação, algo que não acontece nos ereaders.



Mas neste caso a história de leitura tinha 28 páginas, um número que acaba por não se enquadrar completamente na justificação avançada, The Guardian.



No entanto a académica também alertou para o facto de a experiência poder ter resultados diferentes se aplicada aos chamados “nativos digitais”.



O estudo já foi apresentado publicamente, mas vai ser em breve publicado para que a restante comunidade académica possa fazer as suas avaliações e possa, quem sabe, partir deste estudo para outras descobertas tal como Anne Mangen fez.



A investigadora não é nova neste tipo de estudos: no final de 2013 conduziu uma outra experiência em que entregou o mesmo documento a dois grupos de estudantes – um em papel, outro em PDF. No final foi possível concluir que quem tinha lido o texto em papel, acabou por conseguir resultados significativamente melhores numa prova de compreensão relacionada com o texto.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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