Um relatório judicial de acompanhamento divulgado recentemente revela que permanecem por resolver 350 problemas envolvendo documentação técnica para o licenciamento dos protocolos de comunicação do Windows, no âmbito do programa que resulta do caso antitrust que em 2002 condenou a Microsoft.



Recorde-se que a decisão judicial previa que a Microsoft simplificasse as regras de acesso aos seus protocolos proprietários que passariam a estar parcialmente abertos às empresas concorrentes, para que estas pudessem de forma mais fácil integrar os seus produtos com os produtos da Microsoft.



Desde que foi proferida a sentença são 23 as empresas que licenciaram os protocolos Microsoft, mas desde Junho que não há novas empresas, revela a PC World. Para acelerar o processo foi feita uma nova revisão ao programa, que já foi alterado por diversas vezes, no sentido de introduzir timings para a resolução destas questões, por ordem de prioridade.



De acordo com objectivos fixados pelo comité de acompanhamento técnico, em parceria com a própria Microsoft, estabelece-se que os problemas com a documentação técnica considerados de alta prioridade devem ser resolvidos em sete dias, os problemas considerados de prioridade média devem ser resolvidos em 17 dias e os restantes em 32 dias.



Estas regras foram implementadas no passado mês de Julho e a comissão de acompanhamento espera que sejam uma ajuda na resolução de todas as questões até Julho do próximo ano. A reformulação anterior do programa tinha acontecido em Março e desde essa altura foram já reportados 550 problemas, diz a relatório. Actualmente permanecem por resolver 350 problemas dos quais quatro quintos se englobam no nível médio de prioridade.



O programa de licenciamento de protocolos da Microsoft foi originalmente estabelecido para proporcionar o acesso aos protocolos que permitem aos clientes Windows comunicarem com a versão servidor do sistema operativo.



Desde a sua primeira versão em 2002 foi já revisto por diversas vezes para atender às queixas dos concorrentes da empresa, consideradas válidas pelo tribunal. As empresas alegavam falta de documentação técnica necessária para fazer com que o seu software de servidor funcionasse correctamente com o sistema operativo.



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