Na liderança da HP há pouco mais de 9 semanas, Meg Whitman, a nova CEO da empresa norte-americana, explicou hoje em Viena a sua visão para a estratégia da companhia, e a forma como as "peças" se conjugam para trazer mais valor aos clientes.

"Penso que nos últimos tempos temos confundido os clientes com o que somos e as pessoas querem saber a nossa estratégia", admitiu a CEO da HP perante uma audiência de cerca de 5 mil pessoas, entre jornalistas, clientes e parceiros da HP, reunidos no HP Discovery 2011.

Explicando o seu percurso que passou por grandes empresas e pelo eBay, uma pequena start-up que conseguiu transformar num gigante do ecommerce, Meg Whitman lembrou à audiência que é provavelmente a primeira CEO da HP que primeiro foi uma cliente da empresa, e que já passou pela posição em que grande parte da audiência está.

"Sei que sem a HP há muitos negócios que param e é uma responsabilidade tremenda, mas temos muito orgulho em ajudar os negócios dos nossos clientes", explica.

A visão da HP é simples: ser o maior fornecedor de tecnologias da informação, infraestrutura, software, serviços e soluções para indivíduos e empresas de todas as dimensões. Uma estratégia que a fabricante junta à sua escala e ao peso de grande player no mercado. "Penso que as empresas têm de tirar partido das suas forças para trazer mais valor aos clientes", afirma, lembrando que a área de infraestruturas é central na HP e que gera 70% do volume de negócios.

A nova CEO da HP define as áreas de abordagem da empresa como o "core", a infraestrutura, a expansão do "core" com a área de software, a adição de valor ao "core" com os serviços e por fim a parte que faz tudo funcionar, os serviços. É com estas peças que a HP quer chegar aos clientes, transformando os desafios em oportunidades e fazendo isso nas instalações dos clientes e nos seus datacenters, na cloud e em quase todos os dispositivos.

A estratégia passa pela tecnologia e a sua integração, mas também pela organização da própria empresa. "Falei com quase 70 clientes nas últimas semanas e percebi que eles querem que a relação com a HP seja mais fácil", afirma Meg Whitman, que garante que está já a trabalhar em ferramentas para que a resposta seja mais rápida e menos estratificada, simplificando as equipas.



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A empresa está também a investir nos recursos humanos para ter "as pessoas certas nos sítios certos" e garante que vai continuar a apostar na inovação, reforçando os investimentos.

Recorde-se que Meg Whitman assumiu a liderança da HP depois da saída de Leo Apotheker, que ficou no cargo apenas um ano e saiu depois do anúncio de que a empresa estava a considerar a venda da área de PCs. Nas últimas semanas Meg Whitman já fez saber que afinal a área de PCs vai continuar na empresa e tem vindo a reforçar a aposta na área de software, mas não para transformar a HP numa empresa de software.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico