A Microsoft anunciou ontem que vai abrir 20 mil linhas de código à comunidade Linux. O código pertence a drivers que vão ser incluídas no kernel Linux para facilitar o funcionamento virtual de qualquer distribuição open source em servidores com Windows ou Hyper-V, a tecnologia de virtualização usada pela empresa.

As linhas de código vão também ser disponibilizadas através da licença GPLv2, que não só permite a utilização livre do software, como obriga a que qualquer aplicação desenvolvida a partir daí se mantenha disponível a partir do mesmo tipo de licença.

A medida, que coloca a a Microsoft a usar pela primeira vez a licença GPL, revela uma mudança na estratégia da empresa liderada por Steve Ballmer, que ao longo dos últimos anos contabilizou 235 violações de patentes suas em produtos desenvolvidos sobre Linux. Muitos casos acabaram mesmo em tribunal.

Interoperabilidade é a palavra que pode resumir o gesto. A empresa garante que a necessidade de melhorar o funcionamento dos sistemas de terceiros com as suas plataformas ditaram a decisão e admite que a medida é também uma forma de ajudar as empresas, que em tempo de crise procuram soluções menos complexas e que resultam de uma combinação heterógenea de tecnologia.

No futuro a empresa pretende avançar com novas aproximações à comunidade open source, em várias frentes, garantem os responsáveis citados pela imprensa internacional. Um dos próximos passos vai ser no sentido de melhorar o suporte à linguagem Python no Windows.

Vai também manter-se o trabalho com a Eclipse Foundation, no sentido de desenvolver aplicações (RIAS) baseadas na plataforma Silverlight.