A Microsoft anunciou o lançamento do Microsoft XP Starter Edition no Brasil, que se torna o primeiro país da América Latina a comercializar a versão reduzida da suite. A decisão é vista como uma forma de combater a iniciativa do Governo de Lula da Silva no sentido de adoptar plataformas open source no projecto PC Conectado que pretende financiar a compra de PCs naquele país.
A Starter Edition é uma versão menos complexa do Windows, simplificada ao nível dos programas disponíveis, da resolução gráfica e das funcionalidades. Destina-se a utilizadores que estejam a estabelecer um primeiro contacto com a tecnologia e a redução de funcionalidades é acompanhada de um saldo no preço que pretende incrementar as vendas da Microsoft em mercados emergentes, onde uma grande percentagem da população tem fracos recursos económicos e a pirataria um peso muito significativo.
O lançamento da versão simplificada do Windows surge na recta final para a decisão do Governo brasileiro sobre o software a utilizar no programa PC Conectado. Esta iniciativa irá contar com a colaboração de entidades públicas e privadas para criar uma oferta de computadores a preço apelativo. O programa está desenhado mas a decisão sobre o software a utilizar não está ainda tomada, já que não tem havido consenso a nível político.
De acordo com dados fornecidos no lançamento e citados pela Associated Press, numa população de 182 milhões de habitantes o Brasil tem uma taxa de penetração de PCs não superior a 12 por cento. No que respeita ao acesso à Internet a penetração é ainda menor não ultrapassando os 10 por cento.
Ainda ontem numa conferência que decorreu em Lisboa, Sérgio Amadeu, Presidente do ITI e coordenador de implementação do software Livre no Governo Federal Brasileiro, referiu os conflitos internos a nível político sobre a escolha do software a utilizar no programa PC Conectado.
Este especialista brasileiro defendeu que ao apoiar o software open source os países em vias de desenvolvimento ganham importantes vantagens macroeconómicas, poupando recursos na compra de licenças e estimulando o desenvolvimento da indústria de software, formação e suporte técnico de empresas nacionais, evitando o "aprisionamento" a uma determinada empresa ou empresas com tendências monopolistas.
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